Recolhidas desde Janeiro 38,9 toneladas de resíduos relacionados com droga no Porto

A manterem-se a quantidade de resíduos, como pratas, seringas e cachimbos, o comandante da Polícia Municipal do Porto afirmou que até ao final do ano a recolha pode chegar às “quase 250 toneladas”.

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As seringas são alguns dos resíduos encontrados nas ruas Daniel Rocha

O comandante da Polícia Municipal do Porto adiantou nesta quinta-feira que, este ano, já foram recolhidas 38,9 toneladas de resíduos relacionados com o consumo de droga, estimando que, a manterem-se os valores, sejam recolhidas quase 250 toneladas até Dezembro.

"Todos os dias acompanhamos as acções de limpeza e, neste momento, já foram recolhidas 38,9 toneladas de resíduos relacionados com o consumo de droga", afirmou António Leitão, na conferência "Livre de drogas", organizada pelo Correio da Manhã, a CMTV e a Câmara do Porto.

A manterem-se a quantidade de resíduos, entre os quais se encontram pratas, seringas e cachimbos, o comandante da Polícia Municipal do Porto afirmou que até ao final do ano a recolha pode chegar às "quase 250 toneladas".

Desde 2018 que a Câmara do Porto recolhe, no âmbito do programa "Porto, Cidade Sem Droga", resíduos provenientes do consumo de estupefacientes, sobretudo nas zonas da Pasteleira, Fluvial e Aleixo, na União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos.

Em Outubro de 2022, durante a reunião do Conselho Municipal de Segurança, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, adiantou que, desde 2018 e até à data, tinham sido recolhidos 363.9 toneladas de resíduos.

Na ocasião, o vereador estimou que se recolhessem 158,8 toneladas daqueles resíduos naquele ano.

Na conferência, que decorreu no Rivoli, foram discutidos os problemas associados ao consumo e tráfico de droga, como a segurança, saúde pública, reinserção, criminalidade e acção policial.

Em 02 de Fevereiro, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, instou o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a assumir "competências" para resolver o problema do consumo e tráfico de estupefacientes na cidade, e "não esconder debaixo do tapete" esta matéria.

"Por mim é fácil, se o ministro da Administração Interna tiver uma varinha mágica para resolver o problema, ele que resolva porque a competência é dele. A competência é do senhor ministro. Enquanto ele não assumir essa competência, porque não tem sabido assumir, nós faremos o que está ao nosso alcance", afirmou Rui Moreira, depois de um encontro com moradores de zonas afectadas pelo consumo e tráfico de droga na via pública, em particular nas proximidades dos bairros da Pasteleira Nova e Pinheiro Torres.

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