Tancos, a miséria moral continua

Em Tancos, trocou-se a factualidade do crime em favor dos contornos do processo com a mesma naturalidade com que se aceita a espera no caso de José Sócrates ou de Ricardo Salgado.

Um roubo de armas num arsenal do Estado organizado por criminosos de pacotilha, o envolvimento da Polícia Judiciária Militar que acaba com uma encenação da recuperação de armas, um ministro envolvido e com a carreira arruinada, um julgamento cheio de provas e de confissões, condenações… até que, de súbito, o caso de Tancos desaba. Os magníficos juízes da Relação de Évora que o fizeram desabar hão-de ter do seu lado o direito europeu, acórdãos do Tribunal Constitucional (TC) e toneladas de jurisprudência: nada disto basta para aplacar o espanto e a indignação que a sua decisão provoca.

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