Nome da Unicef usado em fraude com bolsas na Guiné-Bissau

Agência da ONU denunciou um esquema que visa extorquir dinheiro em troca de bolsas de estudo da Unicef, que não existem.

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A Unicef faz muito trabalho na Guiné-Bissau, mas não atribui bolsas de estudos DR

A delegação da Unicef na Guiné-Bissau alertou esta terça-feira para uma fraude na atribuição de bolsas de estudo que envolve a agência e pediu aos cidadãos “lesados” para apresentarem queixa junto das autoridades competentes.

“O Fundo das Nações Unidas para a Infância quer deixar bem claro a toda a população guineense, de forma particular aos pais e encarregados de educação, que não está a conceder bolsas de estudo”, refere a agência das Nações Unidas, numa nota à imprensa.

A Unicef justifica a divulgação da nota com as “sucessivas informações recebidas a respeito de alegadas cobranças” para a “concessão de bolsas de estudo, as quais são falsas”.

Fonte da agência explicou à Lusa que várias pessoas foram contactadas por telefone e informadas que para terem acesso a uma bolsa de estudo da Unicef tinham de fazer uma transferência monetária através de uma operadora de telemóveis.

A mesma fonte disse que houve pessoas que fizeram a transferência monetária e que depois “quando não viram o resultado” foram ao escritório da agência em Bissau dizer que ainda não estavam a receber a bolsa de estudo.

“A Unicef realça que não está a oferecer bolsa de estudo alguma e recomenda que todos os lesados por este esquema, ou todas as pessoas que tiverem informação útil a este respeito, se dirijam às entidades judiciárias competentes”, salienta na nota à imprensa.

Texto actualizado às 14h56 com novo título.

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