Twitter avança com nova vaga de despedimentos

Rede social avançou com o despedimento de mais 200 trabalhadores, incluindo a responsável pela implementação do serviço pago Twitter Blue.

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Elon Musk reduziu para menos de metade o número de trabalhadores do Twitter Reuters/DADO RUVIC

O Twitter avançou este fim-de-semana com mais uma ronda de despedimentos, desta vez de pelo menos 200 trabalhadores, avançou no domingo à noite o New York Times.

Os cortes atingem quase 10% dos cerca de 2300 empregados da rede social e afectam várias áreas de operação, com o afastamento de gestores de produto, cientistas de dados e engenheiros nas áreas de machine-learning e da fiabilidade do site, de acordo com a informação avançada pelo jornal norte-americano.

Os cortes foram efectivados no sábado à noite, altura em que alguns dos trabalhadores perceberam que tinham perdido o acesso aos e-mails profissionais e aos portáteis da empresa. Mas os sinais de eventuais despedimentos surgiram no início da semana passada, quando a empresa desactivou o programa de mensagens instantâneas Slack, dificultando o contacto entre trabalhadores e impedindo a pesquisa de informação relacionada com a empresa.

A primeira vaga de despedimentos no Twitter foi em Novembro, quando Elon Musk extinguiu cerca de metade dos 7500 postos de trabalho da empresa de tecnologia que adquirira em Outubro por 44 mil milhões de dólares (cerca de 45,3 mil milhões de euros).

Entre os trabalhadores dispensados estão vários fundadores de empresas digitais que foram compradas pelo Twitter ao longo dos anos, incluindo Esther Crawford, directora de gestão de produto, que foi responsável pela implementação do Twitter Blue, que permite pagar para ter a conta verificada na rede social.

A fundadora da aplicação de conversas de vídeo Squad, adquirida pelo Twitter em 2020, chegou a ser fotografada a dormir nos escritórios da empresa em Novembro do ano passado para cumprir os prazos estipulados por Elon Musk. Esta segunda-feira, manifestou-se "profundamente orgulhosa" da equipa que liderava pelo trabalho desenvolvido "no meio de tanto barulho e caos".

"A pior conclusão que se pode tirar ao olhar para mim completamente empenhada no Twitter 2.0 é que o meu optimismo ou trabalho árduo foi um erro. Aqueles que gozam estão necessariamente fora e não dentro do campo", escreveu na sua conta do Twitter.

A jornalista Zoë Schiffer, que acompanha de perto o dia-a-dia do Twitter para newsletter Platformer, disse que Elon Musk reconheceu que a recente onda de cortes foi “difícil”, tendo anunciado que a empresa vai criar prémios significativos de desempenho, sob a forma de acções e remuneração, para os cerca de dois mil trabalhadores que restam.

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