Depois de Caos, Palas chega a Meio Dia, segundo episódio do seu EP Tons de Pele

O motivo já é conhecido: Filipe Palas, músico e agitador cultural bracarense, fundador dos Smix Smox Smux e dos Máquina del Amor, viveu a pandemia como um momento de viragem. E dessa experiência saiu um projecto mais introspectivo, que na íntegra assumirá a forma de um EP com cinco temas e de uma curta-metragem realizada por Paulo Cunha Martins, com textos de Adolfo Luxúria Canibal, que fez uma interpretação escrita da obra inteiramente criada por Palas.

Caos, o primeiro single (e videoclipe) deste trabalho, a que Palas deu o nome de Tons de Pele, foi publicado no dia 27 de Janeiro. Meio Dia, segundo episódio do EP e da curta-metragem, estreia-se esta sexta-feira e é também acompanhado por uma memória descritiva de Adolfo Luxúria Canibal. No seu todo, Tons de Pele é, segundo os promotores deste trabalho, “um conjunto de canções onde o músico fala sobre depressão, perda, solidão”, acabando, no entanto, “por nos deixar num lugar de esperança, onde estão aqueles que mais gostamos”. Meio Dia, segundo tema do EP, representa, segundo a mesma fonte, “um homem, recluso dos próprios pensamentos, cansado desta vida e com medo de se aventurar fora do seu espaço”. Ou, noutras palavras: “O acordar, já cansado, como reflexo de um morto, é a porta de entrada para o ambiente depressivo com que a canção nos envolve e a que nem o refrão, com as suas loas solares, consegue opor-se.”

Este novo disco de Palas, Tons de Pele, conta com as participações de Sérgio Freitas (Sensible Soccers, Serge Fritz) e Luís Barros (Alek Rein, The Burnt Pines, Filipe Sambado, Les Saint Armand) e, além de Caos e Meio dia tem mais três temas, a divulgar brevemente: Bagaço, Oito e Jogo exausto. Todos eles relacionados entre si e relacionados também com a cidade de Braga.