Quatro dias de greve na CP vão provocar “fortes perturbações na circulação”

Greve de dia 27 deste mês e de 1 de Março foi convocada por nove sindicatos e terá serviços mínimos. A esta soma-se a convocada pelo SNTSF para 28 de Fevereiro e 2 de Março.

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Passageiros com bilhetes pode ser reembolsados ou pedir a revalidação dos títulos Paulo Pimenta

A greve que irá afectar a operação da CP na próxima segunda-feira, dia 27, e que se repete dia 1 de Março, vai provocar fortes perturbações na circulação de comboios a nível nacional, não obstante a existência de serviços mínimos.

O alerta é dado pela CP, na sequência da paralisação convocada para esses dois dias por nove sindicatos (Sinfa, ASCEF, Assifeco, Fentcop, SINFB, SIOFA, STF, Stmefe e Sinafe).

“Muito embora estejam definidos 25% de serviços mínimos, sabemos que esta disponibilidade é manifestamente inferior às necessidades”, adiantou ao PÚBLICO fonte oficial da CP. A empresa tem no seu site a lista dos comboios que estão previstos para esses dias e refere que os clientes que já tenham comprado bilhetes poderão ser reembolsados ou pedir a sua revalidação.

Nos dias 28 de Fevereiro e 2 de Março há uma outra greve, marcada pelo SNTSF.

CP diz estar “aberta ao diálogo”

Questionada sobre os impactos da greve que se realizaram este mês, a mesma fonte afirmou que “toda e qualquer greve tem sempre um impacto negativo na reputação e na credibilidade da marca, na situação financeira da empresa, mas, acima de tudo, tem um impacto negativo no dia-a-dia de milhões de portugueses”.

Do lado dos sindicatos, estes têm reivindicado melhores condições de trabalho e salariais, com a CP a destacar que está “aberta ao diálogo e sensível às reivindicações” dos representantes dos trabalhadores.

“No que diz respeito à distribuição dos acréscimos retributivos disponibilizados pelo Governo, ainda que não tenha sido consensual, a CP foi até ao limite daquilo que foi possível”, defendeu fonte oficial da operadora ferroviária, referindo que teve em conta “as propostas de distribuição e a necessidade de fazer face ao aumento do salário mínimo nacional, aprovando e implementando já no processo de vencimentos de Fevereiro, com retroactividade a Janeiro de 2023, um aumento efectivo do valor do subsídio de refeição e o aumento escalonado por índices de retribuição-base”.

Além da paralisação dos dias 27 de Fevereiro e 1 de Março esperam-se também perturbações no funcionamento dos comboios devido à greve que foi convocada pelo SNTSF para 28 de Fevereiro e 2 de Março. Ainda não se sabe se haverá serviços mínimos para estes dois dias.

O Sinafe e o Sintap marcaram também uma paralisação na Infra-estruturas de Portugal (IP), empresa que gere a rede ferroviária, para 28 de Fevereiro e 2 de Março.

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