ONU exige retirada de tropas russas da Ucrânia e “paz justa”

Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, com 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções, uma resolução para a “retirada imediata” das tropas russas da Ucrânia.

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Assembleia Geral das Nações Unidas Reuters/MIKE SEGAR

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou esta quinta-feira, 23 de Fevereiro, com uma esmagadora maioria de 141 votos, uma resolução que exige a "retirada imediata" das tropas russas da Ucrânia e pede "uma paz abrangente, justa e duradoura".

O projecto de resolução, elaborado pela Ucrânia e aliados com apoio da União Europeia, obteve 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU, reforçando mais uma vez o isolamento de Moscovo na panorama internacional.

A votação terminou com uma salva de palmas, com apenas Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia, Mali e Nicarágua a votar contra. Entre os países que se abstiveram, destacam-se a China, Angola, Moçambique e Cuba.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reagiu no Twitter à aprovação da resolução, que disse ser "um sinal poderoso do apoio global incansável à Ucrânia".

Por outro lado, o embaixador adjunto da Rússia nas Nações Unidas, Dmitry Polyansky, apelidou a acção nas Nações Unidas como "inútil". "Irá trazer paz? Não! Irá incentivar os belicistas? Sim! Assim prolongando a tragédia ucraniana", disse no Twitter.

Moscovo já tinha descrito a resolução como "desequilibrada e anti-russa" e exortou os países a votarem contra, caso não pudesse ser emendada. A Bielorrússia falhou na tentativa de alterar o texto com emendas incluindo "a prevenção de uma nova escalada do conflito através da alimentação das partes com armas letais".

A votação ocorreu numa sessão especial de emergência da Assembleia Geral para assinalar um ano de guerra da Rússia na Ucrânia e após dois dias de discursos de quase uma centena de Estados.

Apesar de não ter carácter vinculativo, esta resolução carrega um peso político e mostrou quais os países que continuam a recusar-se a condenar a Rússia, um ano depois da guerra.

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