Visita guiada à Gare do Oriente, com o Artéria

O PÚBLICO, o Artéria e a Infraestruturas de Portugal convidam os leitores a participar numa visita gratuita à Gare do Oriente, a propósito dos seus 25 anos, a 4 de Março.

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A Gare do Oriente, projectada pelo espanhol Santiago Calatrava, completa 25 anos em 2023 Enric Vives-Rubio/Arquivo Público

19 de Maio de 1998. Terça-feira. Neste dia era inaugurada a Gare do Oriente, estrutura integrada na Expo-98, cuja abertura oficial teria lugar na sexta-feira seguinte, 22 de Maio. Da autoria do arquitecto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava e também designada por GIL (Gare Intermodal de Lisboa), foi pensada como uma peça fundamental no contexto da Exposição Mundial, a principal porta de entrada e saída da mesma. Um edifício orgânico, “com vocação humana”, segundo palavras do próprio, formado por “uma estrutura de elementos metálicos semelhantes a uma floresta”. Ao contrário de outras gares um pouco por todo o mundo, foi projectada para que o interior e o exterior estejam em permanente contacto — de forma a facilitar uma ligação directa dos passageiros com a cidade e, sobretudo, o rio.

A pouco mais de dois meses de completar 25 anos, este interface que integra os transportes ferroviários de longo curso e suburbanos, a linha do metro e um terminal rodoviário, continua a ser uma estrutura fundamental na cidade. E no país. É o maior interface de transportes de Portugal, por onde passam cerca de 10 milhões de pessoas por ano.

É sabido, contudo, que esta nem sempre foi uma obra consensual, considerada por muitos passageiros como demasiado ventosa e fria, sobretudo no Inverno — pensada mais para a fotografia e para os prémios e, de certa forma, esquecendo o conforto dos utilizadores. Paula Azevedo (arquitecta de formação, do departamento Histórico e Cultural da IP Património, empresa do Grupo IP e entidade gestora da gare) promete não fugir a nenhum destes temas — ela que é também uma das responsáveis por visitas guiadas às estações de Rossio, Cais do Sodré, Santa Apolónia, Alcântara e aos bairros ferroviários do Entroncamento, no distrito de Santarém. “Falaremos um pouco de tudo. Da arquitectura, dos prémios, das funções e papel que desempenha e do futuro da alta velocidade. E responderemos também às perguntas e curiosidades dos participantes”, assegura.

O passeio terá lugar na manhã de sábado, dia 4 de Março, entre as 10h e as 13h, sendo o ponto de encontro às 10h, junto à porta principal do Vasco da Gama — Avenida Dom João II. O número de participantes está limitado a 25 pessoas e as inscrições devem ser realizadas através do email secretariado@publico.pt — assunto “Visita à Gare do Oriente”.

Recorde-se que o Artéria é um projecto de jornalismo comunitário – e vive, por isso, de voluntários. Quem tiver interesse em fazer parte deste projecto e contar as histórias sobre a sua Lisboa pode enviar um e-mail para arteria@publico.pt, dando conta de como pretende dar o seu contributo. Todos os e-mails serão respondidos.

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