Nove dias depois do sismo, seis sobreviventes foram resgatados dos escombros

Quatro mulheres e duas crianças foram retiradas vivas dos escombros após mais de 220 horas. As baixas temperaturas na região afectada pelos sismos podem facilitar a sobrevivência das pessoas.

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As operações de resgate continuam Reuters/CLODAGH KILCOYNE
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As operações de resgate continuam EPA/SEDAT SUNA
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As operações de resgate continuam EPA/SEDAT SUNA
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As operações de resgate continuam EPA/SEDAT SUNA

Cinco pessoas foram resgatadas com vida esta quarta-feira depois de nove dias soterradas nos escombros, na sequência dos sismos na Turquia que provocaram, pelo menos, 40 mil mortos no país e na Síria.

O último resgate ocorreu em Antáquia, uma das cidades mais destruídas pelos sismos, onde as equipas de resgate retiraram dos escombros com vida uma mulher e os dois filhos, presos durante 228 horas.

Uma hora antes, as equipas tinham resgatado uma mulher de 74 anos, Cemile Kekeç, habitante da cidade de Kahramanmaras, perto do epicentro do sismo. Na mesma cidade, uma mulher de 42 anos, Melike Imamoglu, foi encontrada viva num prédio que tinha desabado, depois de as equipas de busca ouvirem os seus pedidos de socorro.

Os cinco resgates, quase milagrosos por ocorrerem ao fim de vários dias, somam-se ao salvamento de uma outra mulher, Fatma Güngör, de 77 anos, resgatada na cidade de Adiyaman.

As baixas temperaturas, próximas de zero graus, ou até mais baixas, na região afectada pelos sismos, podem em certas circunstâncias facilitar a sobrevivência das pessoas presas, como explicaram especialistas da equipa de bombeiros de Madrid, em Espanha, que participou vários dias nos resgates, à agência Efe.

Os escombros protegem contra o frio extremo e, como não faz calor, o corpo não transpira e desidrata como no verão, quando as chances de sobrevivência seriam de apenas dois ou três dias, precisaram.

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Mais de 200 horas depois do abalo inicial, continuam a ser encontradas pessoas com vida REUTERS/DILARA SENKAYA

Milhares de grávidas com parto em risco

Na Síria, cerca de 40 mil grávidas sírias correm o risco de terem os seus filhos sem condições sanitárias nos próximos meses, alertou esta quarta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU).

A directora regional do Fundo de População da ONU, Laila Baker, esteve de visita a Alepo, uma das áreas da Síria mais afectadas pelos sismos do passado dia 6, e constatou que grande parte das instalações de saúde está danificada, não tem o equipamento básico necessário para partos nem medicamentos.

A ONU apela a uma recolha de pelo menos 24 milhões de dólares de donativos. O Fundo de População da ONU, responsável pela área da saúde sexual e reprodutiva, tem estado a prestar auxílio tanto nas zonas que estão controladas pelo governo sírio como nas regiões que estão sob controlo de grupos opositores do regime.

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