CP com nova greve nos dias 27 de Fevereiro e 1 de Março

Paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe), que, juntamente com o Sintap, marcou também greve na IP para 28 de Fevereiro e 2 de Março.

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Trabalhadores da CP contestam aumentos salariais LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A CP vai ser alvo de mais uma greve, desta vez por parte do Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe), que marcou uma paralisação para os dias 27 de Fevereiro e 1 de Março. A greve, de acordo com o sindicato afecto à UGT, foi marcada por falta de consenso nos aumentos salariais, tendo a empresa avançado com a proposta inicial, de 5,1%, vista como insuficiente pelo Sinafe.

Para o sindicato, esta atitude revela uma “prepotência” da empresa. “Os trabalhadores não podem aceitar esta imposição da CP e a resposta será dada pela luta”, refere-se no comunicado. Para o Sinafe, o aumento de 5,1% representa “mais um ano de perda de poder de compra para os trabalhadores da CP”.

Esta acção junta-se à que foi tomada pelo Sinafe em articulação com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Sintap), que marcaram já uma greve na Infra-estruturas de Portugal (IP) para os dias 28 de Fevereiro e 2 de Março. Esta paralisação também tem por base o limite de 5,1% de aumentos salariais.

Depois de um impasse, referem os dois sindicatos num comunicado conjunto, “a administração decidiu travar a fundo as negociações, impondo aumentos salariais por actos de gestão”, algo que, dizem, “os trabalhadores não podem aceitar”.

Os serviços de transporte de passageiros da CP têm sido afectados por greves de forma contínua desde o passado dia 8, prevendo-se agora que terminem esta quinta-feira, dia 16, e não até dia 21 conforme tinha sido anunciado pela empresa.

“De 17 a 21 de Fevereiro, prevê-se que o serviço se efectue dentro da normalidade”, refere a CP no seu site, no qual dá também nota dos comboios que deverão ser suprimidos até às 23h59 desta quinta-feira (veja aqui os comboios que serão suprimidos hoje e amanhã). De acordo com os dados da CP, entre a meia-noite e as 16h desta quarta-feira foram suprimidos 179 dos 807 comboios programados (o que equivale a 22% do total).

Nos primeiros dias a acção dos trabalhadores implicou mais sindicatos, como o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), mas neste momento quem está em greve são os maquinistas, ligados ao Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ).

No seu site, o SMAQ refere que entre as 0h do dia 10 de Fevereiro de 2023 e as 24h do dia 16 de Fevereiro de 2023 “os trabalhadores com as categorias de maquinista ou maquinista técnico encontram-se em greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a 7h30m”.

Entre outros aspectos, o SMAQ exige um aumento salarial acima do que já foi proposto, de 4% a nível global, a “humanização de escalas”, e o estabelecimento das necessárias condições de segurança para que os maquinistas desempenhem as suas funções nas estações e parques de material”.

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