Se há racismo, não há pontos: a nova medida do futebol brasileiro

Actos cometidos por adeptos também estão contemplados na nova medida, que garante a perda de pontos para a equipa infractora.

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A luta contra o racismo na Liga inglesa Reuters/JOHN SIBLEY

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai punir com perda de pontos as equipas que cometam actos de racismo. Num comunicado, a CBF anunciou que "vai punir com rigor as ofensas racistas no futebol" e destacou que é a primeira entidade do mundo a incluir no regulamento "a possibilidade de punir desportivamente um clube em caso de racismo".

A medida entrará em vigor já na Copa do Brasil, torneio que reúne quase uma centena de equipas de diferentes categorias dos vários estados brasileiros e que arranca a 22 de Fevereiro.

A medida vem ao encontro da luta contra um problema que tem afectado o futebol um pouco por todo o mundo, mas cujos actos não têm significado penalizações desportivas aos clubes dos envolvidos.

"A luta contra o racismo tem pressa. Medidas vêm sendo discutidas há séculos e nunca colocadas em prática", apontou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, citado no comunicado.

Além das sanções desportivas, "todo e qualquer ato de racismo ou qualquer discriminação" será encaminhado para o Ministério Público e para a Polícia Civil "para que o processo não morra apenas na esfera desportiva" e os "infractores também sejam punidos pela lei", completou o presidente.

Actos cometidos por adeptos também estão contemplados na nova medida, que garante a perda de pontos para a equipa infractora.

A 11 de Janeiro, o Presidente brasileiro Lula da Silva aprovou uma lei que equipara o crime de injúria racial ao de racismo, com um aumento da pena para crimes cometidos em eventos desportivos ou culturais.

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