Eo: adeus à linguagem

Uma vida de instinto, uma vida que não se pensa nem pensa o sofrimento que lhe é infligido, pulsa com uma força extraordinária.

<i>Eo</i> é um tipo de filme que rareia: não é para ser  “contado”, é para ser visto
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Eo é um tipo de filme que rareia: não é para ser “contado”, é para ser visto

A inspiração de Eo, tão evidente que faz do filme de Jerzy Skolimowski uma espécie de variação ou declinação, é um dos mais célebres filmes de Robert Bresson, Au Hasard Balthasar (que em Portugal se chamou Peregrinação Exemplar). É o “filme do burro”, um dos objectos mais singulares de toda a história do cinema, onde o pobre animal, Balthasar, anda em bolandas de dono em dono, quase sempre exposto à crueldade humana e funcionando como um revelador dela. Nem há, em termos de “sinopse”, muito a mudar, o resumo narrativo do filme de Bresson vale para o de Skolimowski, que obviamente não escondeu, antes pelo contrário assumiu, que Eo (a onomatopeia polaca para o zurrar dos burros, equivalente ao nosso “hi hon”) era uma homenagem pessoal a uma das suas maiores inspirações.

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