Comboios regionais foram os mais afectados pela greve esta terça-feira

A nível nacional, não se realizaram 172 dos 807 comboios previstos, o que equivale a 21,3% do total, percentagem que sobe para 30,7% no caso dos regionais e inter-regionais.

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Greve teve início no dia 8 e deverá terminar dia 21 deste mês LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Os comboios regionais e inter-regionais da CP foram os mais afectados pela greve dos maquinistas esta terça-feira, que não conta com serviços mínimos. De acordo com os dados da companhia, desde a meia-noite até às 16 horas foram suprimidos 65 dos 212 comboios regionais e inter-regionais que estavam previstos, o que equivale a 30,7%.

Seguem-se os urbanos de Lisboa, onde foram suprimidos 73 comboios dos 384 previstos, o que dá 19% do total, os urbanos do Porto, onde não se realizaram 27 dos 164 previstos, equivalente a 16,5% do total, e os de longo curso, onde foram suprimidos 7 dos 47 programados, igual a 14,9% do total. Ao todo, não se realizaram 172 dos 807 previstos, o que equivale a 21,3%.

O período de greves que tem afectado a operação de empresa pública de transporte de passageiros iniciou-se a dia 8, e tem data prevista para acabar no próximo dia 21. Nesse período, diz a CP, "ocorrerão fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional".

Nos primeiros dias a acção dos trabalhadores implicou mais sindicatos, como o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), mas neste momento quem está em greve são os maquinistas, ligados ao Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ).

No seu site, o SMAQ refere que entre as 00H00 do dia 10 de Fevereiro de 2023 e as 24H00 do dia 16 de Fevereiro de 2023 “os trabalhadores com as categorias maquinista ou maquinista técnico encontram-se em greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a 07H30”.

Entre outros aspectos, o SMAQ exige um aumento salarial acima do que já foi proposto, de 4% a nível global, a “humanização de escalas”, e o estabelecimento das necessárias condições de segurança para que os maquinistas desempenhem as suas funções nas estações e parques de material”.

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