Marçal Grilo: “Estou preocupado com o movimento sindical. Há uma radicalização”

Ex-ministro da Educação deixa avisos: esta negociação na educação já não é só sobre os professores. Tem que ver “com o clima geral que se vive no país”. E exige “delicadeza política”.

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Nuno Ferreira Santos

Foi ministro da Educação entre 1995 e 1999, num Governo liderado por António Guterres que herdou do mandato de Cavaco Silva um clima crispado, marcado, desde logo, pela "guerra das propinas". Lidou com várias negociações com sindicatos, num tempo em que, diz, o sindicalismo era diferente do que é hoje. Acha que o Governo deve atender a algumas das queixas dos docentes, mas nota que os sindicatos ainda não cederam nada. E, aos 81 anos, olha para o momento que se vive no país com preocupação: um Governo desgastado tenta gerir uma crise na educação que já não tem só que ver com a educação: "A população pode começar a ter dúvidas sobre se isto é verdadeiramente uma reivindicação dos professores ou se é um movimento que tem uma outra motivação, que quer ter uma outra dimensão, que é instabilizar por instabilizar."

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