CP realizou sete comboios de mais de mil programados

Entre as 00h e as 20h foram suprimidos 1175 comboios. Transportadora prevê perturbações até 21 de Fevereiro.

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Estação Cais do Sodré, Lisboa, esta manhã LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A CP realizou, até às 20h00, sete comboios de 1182 programados, de acordo com informação enviada pela transportadora ferroviária, devido a greves dos trabalhadores da empresa, que começaram na quarta-feira e terminam no dia 21. Assim, entre as 00h e as 20h foram suprimidos 1175 comboios.

Em declarações à Lusa cerca das 07h António Domingues, do Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), disse que a greve estava a decorrer dentro dos parâmetros, com uma adesão de 100%.

No seu site, a CP já tinha alertado os passageiros para perturbações na circulação a partir de quarta-feira, dia 8, e até dia 21 de Fevereiro.

"Por motivo de greves, convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), ocorrerão fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, no período entre as 00h do dia 8 de Fevereiro de 2023 e as 24:00 do dia 21 de Fevereiro de 2023".

Em declarações à Lusa, António Domingues explicou que a greve tem vários parâmetros e não foram decretados serviços mínimos.

O sindicalista disse também à Lusa que na origem da greve está a falta de resposta da empresa às propostas de valorização salarial.

"Os motivos são os mesmos de sempre. Há uma componente que tem a ver com o salário. A proposta da empresa/tutela é muito aquém do que o que foi a inflação registada em 2022. É menos de metade. Significa que há cortes no salário real, não são cortes directos, nominais, mas indirectos, nalguns casos superiores aos que existiram durante a troika e isso nós não aceitamos", realçou.

António Domingues sublinhou que os trabalhadores exigem que haja, no mínimo, a reposição do poder de compra.

Além dos maquinistas da CP, estão igualmente em greve os trabalhadores da Infra-estruturas de Portugal (IP) para exigir aumentos salariais que respondam ao aumento do custo de vida.

Alterados título e corpo da notícia com as actualizações até às 20h desta quinta-feira.

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