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365 dias em viagem, quatro cadernos pintados, 75 dias sem tomar banho e 12 furos
Mara Mures saiu de casa no dia 3 de Fevereiro do ano passado. Já lá vão muitas aventuras e muitos desenhos dos sítios e das pessoas que mais a marcaram.
Pedalou com neve, chuva, vento, frio e calor. "Em estradas alcatroadas, de terra batida, lama, areia, barro, pedras, de tudo um pouco", descreve Mara Mures no dia em que a sua viagem — que era para ter durado três meses — deu a volta ao calendário. 365 dias. "Já tenho muitas histórias para contar e as saudades de casa também vão apertando", escreveu na sua conta de Instagram a aventureira que saiu de Bajouca, Leiria, no dia 3 de Fevereiro de 2022 e que a Fugas entrevistou nos primeiros dias de 2023. "O plano ainda não é voltar", disse então.
Para mais tarde recordar, Mara continua a apontar "algumas coisas" nos seus cadernos. E agora decidiu fazer contas e fazer um resumo de "coisas aleatórias" do seu percurso pela América do Sul num total (última contagem) de 11559 quilómetros em bicicleta. Foram 47 noites em que pagou para dormir, 122 passadas dentro da sua tenda, 193 noites em que pernoitou em casa de pessoas locais e dez em que bivacou. Ao todo, pedalou 152 dias com uma velocidade máxima de 70 quilómetros/hora e a fazer uma média de 70 quilómetros por dia. Pedalou o máximo de sete dias seguidos. Fez um máximo de 175 quilómetros num dia ("com vento patagónico a favor"). E o máximo de dias num sítio? 23, em Puerto Iguazú.
Para a sua história ficam, para já, "mais ou menos" 12 furos, três pneus novos, 75 dias sem tomar banho e quatro cadernos pintados com as ilustrações que regularmente vai publicando na sua conta de Instagram. A Fugas pediu-lhe uma selecção dos últimos 365 dias.