A solidão não é só um problema de velhos: “A pessoa parece que morre em vida”

Isabel, Catarina e Gracinda conhecem-lhe os sintomas. Mas já há tentativas para impedir que a solidão continue a matar mais do que o tabaco. A “prescrição social” é uma delas.

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Para um velho, a solidão mede-se pelos estalos dos móveis à noite, como descreve António Lobo Antunes, no seu recente livro O Tamanho do Mundo, ou pelo rosnado do frigorífico que se agiganta no escuro. “A solidão é um desterro”, acrescenta Fernanda Granja, do lado de dentro do balcão de uma mercearia, no Carvalhido, centro do Porto, que de literatura nada percebe, mas da natureza humana sim, à força dos tantos clientes que ali desaguam todos os dias a derramar mágoas sobre o balcão de alumínio.

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