Rui Rocha, saudado por demarcar-se do Chega, lamenta que PSD não tenha “essa clareza”

Livre elogiou “clareza assinalável” da IL perante a rejeição em fazer acordos com o Chega e o PS considerou que essa clareza “é bem-vinda”.

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Rui Rocha foi eleito presidente da Iniciativa Liberal há duas semanas LUSA/HOMEM DE GOUVEIA

O novo presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, foi esta quinta-feira saudado por PS e Livre na Assembleia da República pela sua demarcação face ao Chega e lamentou que o PSD não tenha "essa clareza".

"Se há de facto coisa que caracteriza esta posição da Iniciativa Liberal é a clareza, clareza relativamente a com quem nos entendemos e com quem não nos entendemos. Infelizmente, essa clareza não parece estar presente em todos os partidos políticos até à data", declarou Rui Rocha, numa alusão ao PSD.

Rui Rocha, que fez esta quinta-feira a sua primeira declaração política em plenário como presidente da IL, foi saudado pelo deputado único do Livre, Rui Tavares, pela "clareza assinalável" com que afirmou "que não terá acordos com o partido que se senta à vossa extrema-direita".

Também o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, se congratulou pela "clareza do posicionamento" de Rui Rocha "face à extrema-direita anti-sistema democrático", acrescentando: "Essa clareza que trouxe à Iniciativa Liberal é uma clareza que é bem-vinda."

Em nome do PSD, o deputado Paulo Rios de Oliveira perguntou a Rui Rocha: "Estará realmente interessado, quando chegar o momento, e cada vez mais se percebe que vai chegar o momento de nós pedirmos a alguém, se não for a mais ninguém, ao próprio povo, que nos ajude a libertar de um Governo que não governa?".

Paulo Rios de Oliveira interrogou "até que ponto é que, apesar de tudo, a Iniciativa Liberal percebe e acompanha aquilo que é a visão que, como sabe, é uma visão social-democrata". "Desejo-lhe as maiores felicidades políticas, especialmente no que se juntar a nós para combater o nosso Governo socialista", disse a Rui Rocha.

Rui Rocha e Paulo Rios de Oliveira trocaram argumentos sobre a moção de censura apresentada pela IL em Janeiro, que o PSD não acompanhou, optando pela abstenção.

"As manifestações também são importantes. Aquilo que eu registo é que o PSD optou por não se manifestar e, portanto, as omissões também são relevantes em política e aquilo que eu registo é uma omissão", considerou o presidente da IL, em resposta ao social-democrata.

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