Beyoncé anuncia primeira digressão em sete anos, mas não passa por Portugal

A Renaissance Tour tem início a 10 de Maio, em Estocolmo, e termina em Nova Orleães, dia 27 de Setembro. Barcelona, onde Beyoncé actua dia 8 de Junho, será o concerto mais próximo de Portugal.

Foto
Beyoncé marcou 2022 com Renaissance, o seu celebrado regresso aos discos Mason Poole

Sete anos, uma pandemia e um álbum aclamado depois, Beyoncé anuncia o regresso às digressões. A Renaissance Tour percorrerá estádios europeus e norte-americanos a partir de 10 de Maio, data do primeiro concerto no Friends Arena de Estocolmo, prolongando-se até Setembro. Portugal, onde já actuou três vezes, a última em 2014, não está contemplado na digressão. O concerto mais próximo das nossas fronteiras terá lugar no Estádio Olímpico de Barcelona, dia 8 de Junho, data única em solo espanhol.

O anúncio surge dias depois de ter sido noticiado o primeiro concerto da cantora de Break my soul em quatro anos. Uma actuação que criou alguma polémica no universo das redes sociais, dada o local e contexto escolhidos. Dia 21 de Janeiro, Beyoncé foi a grande estrela de uma festa de inauguração do hotel Atlantis The Royal no Dubai, actuando por uma quantia milionária (terá recebido um cachet de 24 milhões de dólares para uma hora de concerto) para uma audiência selecta de influencers e celebridades. “Beyoncé convida-o para um fim-de-semana onde os seus sonhos se tornarão o seu destino”, lia-se nos convites enviados pela equipa da cantora.

As críticas apontavam a contradição entre a defesa pública feita por Beyoncé dos direitos e liberdades das comunidades LGBT e a aceitação de actuar, num evento privado de exclusivíssimo acesso, num país em que a homossexualidade é criminalizada.

O alinhamento do concerto no Dubai não incluiu nenhuma canção de Renaissance, o álbum lançado no Verão passado que acabaria destacado em vários balanços da imprensa especializada como um dos destaques do ano. Tendo em conta a forma como tem usado as digressões como manifestação criativa tão relevante quanto a música que grava em estúdio, muitas vezes combinando os dois elementos no mesmo gesto criativo – Lemonade, o álbum de 2016, teve lançamento paralelo enquanto disco e vídeo; Homecoming, em 2019, era um filme-concerto rodado com base na actuação do ano anterior no festival Coachella —, terá guardado para a digressão agora anunciada a revelação da forma como apresentará em palcos as canções de Renaissance.

Como escrevemos na crítica ao mesmo publicada no Ípsilon, Renaissance é “um álbum alinhado com sonoridades dançantes, um renascer na pista de dança, depois dos tempos de pandemia e isolamento social”. “É como se Beyoncé quisesse proporcionar uma banda sonora poderosa e confiante, para os reencontros pós-pandemia, olhando para o passado das músicas de dança (funk, disco, house, tecno), misturando-as com as do presente (afro-house, trap, dancehall, R&B), gerando um caleidoscópio de prazer”.

A digressão passará os meses de Maio e Junho na Europa – encerra dia 27 daquele mês em Varsóvia —, iniciando depois a digressão norte-americana, dia 8 de Julho, em Toronto. A última data será cumprida em Nova Orleães no dia 27 de Setembro.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários