Depois de Trump, Nikki Haley entra na corrida republicana à Casa Branca

Antiga governadora da Carolina do Sul, que foi também embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, prepara-se para anunciar candidatura às presidenciais de 2024.

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Nikki Haley foi embaixadora dos EUA na ONU entre 2017 e 2018 Reuters/JONATHAN ERNST

A antiga governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, deverá anunciar a 15 de Fevereiro a sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, juntando-se a Donald Trump na corrida republicana à Casa Branca em 2024.

Segundo uma notícia do jornal local The Post and Courier e depois confirmada por outros meios de comunicação social, incluindo a agência Reuters –​ a também antiga embaixadora norte-americana nas Nações Unidas preparava-se para enviar um convite aos seus apoiantes para um “anúncio especial” a ter lugar no Charleston Visitor Center, a 15 de Fevereiro.

A confirmar-se a entrada de Haley, de 51 anos, na corrida, será a segunda candidata à nomeação no Partido Republicano depois de Donald Trump.

Trump anunciou a sua candidatura em Novembro passado, uma semana depois de os eleitores norte-americanos terem derrotado, nas eleições intercalares para o Congresso, a maioria dos candidatos apoiados pelo anterior Presidente dos EUA.

Apesar de ter dito anteriormente que não defrontaria Trump nas primárias do Partido Republicano caso o ex-Presidente, que a nomeou para o cargo nas Nações Unidas, decidisse recandidatar-se, Haley parece ter mudado de ideias e, numa entrevista à Fox News, na semana passada, indicou que estava pronta para apresentar a sua candidatura à Casa Branca.

“Sim, precisamos de seguir uma nova direcção. E posso ser eu esse líder? Sim, acho que posso ser esse líder”, disse Haley.

Desde que deixou o cargo de embaixadora na ONU, em 2018, Haley distanciou-se várias vezes de Donald Trump, criticando o ex-Presidente por não ter feito mais para impedir a invasão do Capitólio, a 6 de Janeiro de 2021.

E embora tenha também criticado os republicanos que lançaram dúvidas infundadas sobre os resultados da eleição presidencial de 2020, antes das intercalares de Novembro passado, Nikki Haley fez campanha em nome de vários candidatos que apoiaram as falsas alegações de fraude eleitoral.

No último fim-de-semana, durante a sua primeira acção de campanha, na Carolina do Sul, Trump disse aos jornalistas que recebera recentemente um telefonema de Haley em que esta disse que estava a considerar entrar na corrida presidencial de 2024.

“Conversei um pouco com ela e disse-lhe: se queres concorrer, segue o teu coração”, disse Trump, dando uma aparente bênção à candidatura de Haley, ao contrário do que tem feito com outro potencial opositor nas primárias republicanas, o governador da Florida, Ron DeSantis.

Segundo as mais recentes sondagens, as hipóteses de Nikki Haley assegurar a nomeação republicana são, à partida, bastante reduzidas. O site Real Clear Politics, que contabiliza a média das várias sondagens, atribui à antiga governadora da Carolina do Sul apenas 3% das intenções de voto, atrás de Donald Trump (46%), de Ron DeSantis (31%) e do anterior vice-Presidente, Mike Pence (6%).

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