Inspectores não encontraram documentos confidenciais na casa de férias de Biden

Buscas relacionadas com a descoberta de documentos confidenciais na posse do Presidente dos EUA decorreram ao longo de três horas e os seus advogados dizem que foi “planeada”.

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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está a colaborar com a investigação JONATHAN ERNST/Reuters

Inspectores do Departamento de Justiça norte-americano estiveram esta quarta-feira a fazer buscas numa casa de férias de Joe Biden, no estado de Delaware, no âmbito da investigação em curso ao caso dos documentos confidenciais da Casa Branca que o Presidente teria na sua posse.

Bob Bauer, o advogado pessoal do Presidente dos Estados Unidos, enviou um comunicado às redacções dos media norte-americanos explicando que as buscas foram “planeadas” e decorreram “com todo o apoio e cooperação” de Biden. No fim das diligências, a mesma fonte adiantou que não foram encontrados documentos classificados. "O Departamento de Justiça levou para revisão posterior alguns materiais e notas manuscritas que parecem estar relacionadas com o seu mandato como vice-presidente", acrescentou Bauer.

A casa que esteve a ser revistada por agentes do FBI fica em Rehoboth Beach, também no estado-natal do Presidente. Os advogados de Biden afirmaram ter feito a sua própria busca nesta habitação no mês passado e que não encontraram documentos confidenciais.

Na semana passada, o Departamento de Justiça fez buscas noutra casa particular de Biden, em Wilmington, também a pedido deste, e revelou ter encontrado seis documentos confidenciais, que se juntam aos que foram encontrados pelos seus advogados num escritório em Washington e nessa casa de Wilmington, também no Delaware.

Esta investigação ao Presidente em exercício segue-se a uma outra que envolve o ex-Presidente Donald Trump, que tinha centenas de documentos confidenciais na sua casa da Florida. Embora os republicanos procurem associar ambos os casos e sublinhar a gravidade do que envolve Joe Biden, este e os seus advogados têm tentado desvalorizá-lo, argumentando que os documentos foram levados por Biden inadvertidamente.

O procurador-geral dos Estados Unidos nomeou dois procuradores especiais para liderar ambos os inquéritos.

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