Taxa Euribor a três meses supera os 2,5%

Taxas Euribor terminaram o mês de Janeiro em máximos de 2008, continuando a agravar o custo dos empréstimos à habitação.

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As recentes subidas da Euribor vêm agravar as médias mensais de Janeiro, penalizando as próximas revisões Fabio Augusto

A denunciar a pressão da próxima reunião do Banco Central Europeu (BCE), marcada para esta quinta-feira, onde deverá ser decidido um novo aumento das taxas de juro de referência em 0,50 pontos percentuais, as taxas Euribor terminaram o mês de Janeiro em máximos de 14 anos, mais concretamente desde Dezembro de 2008.

Na sessão desta terça-feira, a taxa Euribor a três meses quebrou a barreira dos 2,5%, um valor acumulado desde 14 de Julho de 2022, ou seja, em cerca de seis meses.

O prazo mais curto utilizado nos contratos de crédito à habitação subiu 0,030 pontos percentuais para 2,512%, mais de 3 pontos percentuais face ao valor (negativo) registado em Janeiro de 2022.

Nos restantes prazos, as subidas também foram expressivas. A Euribor a seis meses está muito perto de atingir os 3%, tendo subido 0,029 pontos percentuais para 2,988%. Um valor acumulado desde início de Junho, igualmente uma forte escalada face aos - 0,5% que registava há cerca de 12 meses.

Na Euribor a 12 meses a escalada é ainda maior. Na sessão desta terça-feira, este prazo subiu 0,045 pontos, a maior subida dos três períodos das taxas Euribor, passando para 3,415%.

Este prazo foi o que entrou em terreno positivo mais cedo, em Abril do ano passado, acelerando de forma mais significativa depois no Verão, quando o BCE começou a subir as suas taxas directoras.

Face ao mínimo histórico desta taxa, a subida é de cerca de 4 pontos percentuais face ao valor de Dezembro de 2021.

As recentes subidas da Euribor vêm agravar as médias mensais de Janeiro, valores que serão utilizados nas revisões de contratos que ocorram em Fevereiro, que voltarão a traduzir-se por nova subida das prestações mensais. As médias das taxas de Janeiro também servirão de base aos novos empréstimos à habitação a contratar no próximo mês.

As médias das taxas, arredondadas à milésima, subiram em Janeiro para 2,345% a três meses (acima dos 2,063% de Dezembro), e para 2,858% e 3,337% a seis e 12 meses, contra valores de 2,560% e 3,018% do mês anterior, respectivamente.

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