Portugal, os nervos à flor da pele

Acreditar que o país é o que os extremos da esquerda ou da direita dizem é uma ilusão. O país vive aflito e desorientado, mas é muito mais inteligente, sensato e moderado do que o que eles dizem.

No breve período de semanas o país parece ter enterrado a normalidade democrática para acordar no limiar da revolução. Paulo Raimundo, do PCP, avisa: “[O Governo] ou cede, que é o que nós queremos, ou então não tem alternativa senão sair.” Na frente sindical, André Pestana, dirigente do sindicato Stop, tem o sonho e a missão de “parar e encerrar as escolas de norte a sul do país, em todo o Portugal”. Feliz neste aparente paraíso em convulsão, no qual Catarina Martins vê a maioria “enredada nos seus próprios escândalos”, André Ventura exalta-se: “Voltaremos a conquistar as ruas deste país com o nosso sangue e o nosso suor.”

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