Os animais de Rodrigo Paganelli: “Os meus cães adoram aprender novos truques”

Conhecê-los é também conhecer a relação que têm com os seus animais. Kamba, Trixie e Nelly , do actor Rodrigo Paganelli, têm talentos escondidos, que incluem abrir portas sem ninguém dar por isso.

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Rodrigo Paganelli e os cães Rodrigo Paganelli

"Sempre gostei muito de animais, principalmente cães, e convivo com animais desde sempre. O Pompom, um caniche, foi o meu primeiro animal de estimação, lembro-me perfeitamente dele. Depois, quando fui viver para Itália, tive um aquário com 30 peixinhos que me acompanharam quase até ao fim da minha estadia lá. Já em Portugal tive um coelho, o Xilín, e depois decidi que estava na altura de ter um cão e foi aí que o Kamba apareceu na minha vida.

Tenho três cães em casa, dois meus e um da Bia, a minha namorada. Foram todos adoptados de famílias amigas ou conhecidas. Fui buscar o Kamba com dois meses e o mesmo aconteceu com a Trixy, mas nesse caso foi a Bia que a adoptou antes de me conhecer. Como gostamos os dois muito de animais, quisemos aumentar a família e, juntos, adoptámos a Nelly também com dois meses. Neste momento, o Kamba tem quase oito anos, a Trixy três e a Nelly faz dois em Março.

Os meus cães são todos muito diferentes, o que é muito engraçado de ver. O Kamba, o urso protector que tem tanto de 'ar de mau' como de 'mimoso', adora passear por serras e dormir no sofá. A Trixy é a pilha com patas, super curiosa, eléctrica e carinhosa. É a mais pequena dos três, mas é a verdadeira 'cadela de guarda'. E depois temos a Nelly, a bebé da família, sem noção do seu tamanho, só quer brincar e colinho.

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Rodrigo com os cães Kamba, Trixy e Nelly Rodrigo Paganelli

Costumamos dar uma volta matinal com todos pela zona onde moramos, em Lisboa. Já são conhecidos no bairro e muito adorados pelos nossos vizinhos. Ao fim do dia, levamos a matilha a um terreno enorme onde brincam e correm até ficarem completamente cansados.

A brincadeira de eleição é correr atrás da bola e vir trazer, mas a Trixy, quando consegue apanhá-la, diverte-se a fugir dos irmãos. Também adoram o jogo da corda. O Kamba de um lado e as meninas do outro puxam, puxam e puxam, mas o vencedor é sempre ele.

Os meus cães são super bem-educados e respeitadores das regras de casa. Não tocam em nada que não seja deles e adoram aprender novos truques. Desde sempre que os treinamos com a regra do retorno positivo. A única coisa que acabam por não respeitar a 100%, mas que eu e a Bia não nos importamos, aliás, até gostamos, é o nosso espaço pessoal. Por eles, estariam sempre ao nosso colo.

Temos vindo a reparar num pormenor muito engraçado cá em casa. Percebemos que quando estão cá pessoas, o Kamba não brinca com a Nelly dentro de casa. É como se fosse um irmão mais velho que quer alguma distância da criança e que não tem muita paciência para ela. Mas assim que viro costas e ele acha que eu não estou a ver, começa numa brincadeira louca.

Já a Trixy tem o talento único de abrir portas e janelas, algo nunca antes visto. Na viagem que fizemos por Portugal, em que eu e a Bia dormíamos numa tenda por cima do carro e o Kamba e a Trixy dentro do mesmo, algumas manhãs ao acordarmos ela estava do lado de fora toda contente. Tivemos que começar a barricar as portas para ela não conseguir chegar aos trincos, com medo que qualquer dia ainda desaparecesse.

Adoro todos os animais, sou um apaixonado por programas sobre a vida selvagem, mas os cães estão no meu top. Trato os meus como se fossem meus filhos. Os cães têm uma paixão, uma entrega e um amor pelos tutores que é difícil de explicar. São seres puros na sua essência e nós humanos, temos muito a aprender com eles neste sentido.

Neste momento, na casa em que estou, não temos espaço para mais nenhum. Mas por mim teria a casa cheia. Ter um cão é a melhor coisa do mundo, mas também traz muita responsabilidade. É preciso tempo, dedicação e entrega da nossa parte. Só faz sentido adoptarmos um cão se tivermos dispostos a pô-lo no topo da nossa lista de prioridades. Ter um patudo condiciona muito a nossa vida, mas o retorno é compensatório. Também é meio caminho para a felicidade."

Depoimento construído a partir de entrevista por email

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