Se quisermos compreender o estado de alma de um professor português de hoje, se alguém quiser analisar a sua autopsicografia, comece por ler o poema O que há em mim é sobretudo cansaço, de Álvaro de Campos, e encontrará aí o melhor retrato psicológico do professor português de hoje. “Um supremíssimo cansaço”, num dos versos do poema, é aquilo que sentem os professores que nas últimas décadas se têm adaptado a todas as modificações que lhes impuseram na sua vida profissional. Agora rebentaram as águas do desespero, da exaustão de quem não aguenta mais as vicissitudes da sua profissão.
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