UE renova por mais seis meses sanções económicas à Rússia

Sanções foram inicialmente lançadas em 2014, por ocasião da anexação da Crimeia.

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Comunicado publicado esta sexta-feira EPA/RONALD WITTEK

A União Europeia (UE) decidiu prolongar esta sexta-feira por mais seis meses, até 31 de Julho de 2023, as sanções que visam sectores específicos da economia da Rússia, em vigor desde 2014, por ocasião da anexação da Crimeia.

Em comunicado, o Conselho da UE divulga ter decidido prolongar por seis meses as sanções adoptadas pela primeira vez em 2014, em resposta às acções da Rússia para destabilizar a situação na Ucrânia, com a anexação ilegal da península da Crimeia, e agravadas após a ofensiva militar lançada em Fevereiro de 2022.

Actualmente, estas sanções incluem, nomeadamente, restrições às importações e transporte marítimo de crude e certos produtos petrolíferos russos para a UE, a proibição de aceder ao sistema de transacções financeiras SWIFT para determinados bancos russos e a suspensão das actividades de difusão e das licenças de meios de comunicação usados pelo Kremlin como instrumentos para manipular informações e promover a desinformação, segundo enumerou a mesma nota informativa.

A ofensiva militar lançada a 24 de Fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – ​6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa –​ justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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