No olhar de Jonathas de Andrade faísca a liberdade do homoerotismo

O artista brasileiro regressa a Lisboa para mostrar uma exposição antológica atravessada pela vibração erótica e ameaçadora da masculinidade. No Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa.

GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico
Fotogaleria
13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico Guillermo Vidal
GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico
Fotogaleria
GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico Guillermo Vidal
GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico
Fotogaleria
GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico Guillermo Vidal
GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico
Fotogaleria
GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico,GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico Guillermo Vidal,Guillermo Vidal
GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico
Fotogaleria
GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico Guillermo Vidal
GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico
Fotogaleria
GBV Guillermo Vidal 13 de Janeiro 23 Entrevista Jonathas de Andrade Artista Plástico Guillermo Vidal

Um homem de tronco nu, calções vestidos, lança a rede ao rio. Os movimentos são tensos e elegantes. Vemo-lo, a pele bronzeada pelo sol, os músculos torneados pelo trabalho. Resplandece ali, apolíneo. Mas há algo mais. O olho da câmara – ou de Jonathas de Andrade (Maceió, Alagoas, Brasil 1982) – voeja delicado, distraído por aquilo que capta: o peito erecto, a flexão contraída do braço, o abdominal esculpido, a sugestão recusada de uma nudez. Note-se: não é o único homem representado em Olho Faísca, a exposição do artista brasileiro patente, com a curadoria de João Mourão e Luís Silva, no MAAT (Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia). Com efeito, a masculinidade e o homoerotismo são transversais às dez obras que compõem esta antológica. Não há como contorná-las: em fotografias, numa instalação feita de peças de barro cozido, num conjunto de 68 peças de roupa interior, em dois filmes, numa peça que convida o público a votar no Jesus Cristo mais bonito. Com humor, diga-se, mas também ao sabor do desejo, para reflectir sobre a experiência do artista num Brasil que nos escapa.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar