A repensar a Europa, Mitsubishi afrancesou ASX

A marca nipónica pegou numa receita já elaborada e testada por um parceiro da Aliança para se afirmar no segmento B-SUV. O ASX chega em Março a partir de 24.590 euros.

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Mitsubishi ASX 2023 DR

Ao longo de mais de 40 anos, a Mitsubishi fez história no segmento das pick-up. Mas o cerco às emissões tornou incomportável tê-las na Europa e, para já, ainda não há solução à vista. Ou, pelo menos, assumida.

Vai daí, o emblema de Minato terá encontrado uma estratégia de marcar uma posição no Velho Continente através dos apetecíveis sport utility vehicles (SUV), indo buscar aos seus parceiros da Aliança uma fórmula vencedora. Além do ASX, conta com o pequeno Space Star e com o Eclipse Cross, um SUV do segmento C, e, até ao final do ano, apresentará o novo Colt.

Sob o ASX, modelo lançado em 2010 com o acrónimo de Active Sports Crossover, bate o coração de um Renault, partilhando com o bem-sucedido Captur praticamente tudo, de fio a pavio, a começar pela plataforma modular CMF-B da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, beneficiando assim das sinergias do grupo.

Depois vêm as diferenças, com as quais a Mitsubishi pretende vingar entre os SUV utilitários. Por fora, por exemplo, a dianteira é marcada pelo design Dynamic Shield, característico do emblema, com o logótipo dos três diamantes ao centro; na traseira, lêem-se as designações ASX, no canto inferior esquerdo da porta da bagageira, e Mitsubishi, que ocupa a zona central.

No interior, volta-se a encontrar várias reminiscências do Captur, nomeadamente no aproveitamento do sistema de infoentretenimento e nos programas My Sense, que adaptam as características do veículo às necessidades da condução.

Desde as versões menos equipadas, o sistema chega com Apple CarPlay e Android Auto, que permitem espelhar os conteúdos do telemóvel no ecrã, que pode ser de 7 polegadas, na horizontal, ou de 9,3 polegadas, na vertical. Nos topos de gama, é possível obter um painel de instrumentos digital e um sistema de áudio Bose.

Na habitabilidade, destaque para o facto de a segunda fila deslizar sobre calhas, o que permite escolher entre ter mais espaço para passageiros ou para bagagem. A mala apresenta uma volumetria de 332 litros que pode crescer até aos 401, com os bancos posicionados mais à frente.

A Portugal, o ASX vai chegar servido por três grupos propulsores: a gasolina, de hibridização suave e plug-in hybrid.

O bloco a combustão é o 1.0 MPI-T a gasolina (desde 24.590€), de três cilindros e sobrealimentado, com 90cv e 160 Nm. O consumo combinado é de 5,7 l/100km, de acordo com os testes WLTP, tendo registado emissões de 130 g/km de CO2.

Já o mild hybrid tem por base o bloco 1.3 turbo (a partir de 29.990€, com caixa automática de 7 velocidades e dupla embraiagem) e incorpora um gerador de arranque por correia em combinação com uma bateria de iões de lítio de 12V, com consumos e emissões muito similares ao irmão a gasolina, embora com prestações melhoradas.

Por fim, o PHEV (ainda sem preço, mas que deverá chegar com um valor dentro do primeiro escalão da tributação autónoma, ou seja, até 27.500€ mais IVA), conjuga um motor térmico de 1,6 a gasolina com dois motores eléctricos e uma bateria de 10,5 kWh, para uma autonomia 100% eléctrica de até 62 quilómetros.

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