FC Porto avança para a quinta final na Taça da Liga

Ac. Viseu cedeu no início e viu os portistas confirmarem o favoritismo nos últimos 25 minutos do encontro, em Leiria.

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Otávio impôs-se no meio-campo portista Reuters/PEDRO NUNES

O FC Porto não ensaiou nem precisou dos penáltis para vencer o Ac. Viseu (3-0), esta quarta-feira, e garantir a quinta presença em finais da Taça da Liga, troféu que dentro de dois dias tentará arrebatar pela primeira vez na segunda final que travará com o Sporting.

Em Leiria, Sérgio Conceição superou o antigo companheiro e amigo Jorge Costa, preparando-se para vencer a maldição da Taça da Liga e isolar-se como treinador do FC Porto com mais troféus erguidos, à frente de Artur Jorge.

Eustáquio (7'), Danny Namaso (66') e Bernardo Folha (79') marcaram os golos do FC Porto, que depois de uma entrada feliz, se limitou a gerir e a indicar o caminho de casa ao Ac. Viseu, adversário que no dia 8 de Fevereiro reencontrará nos quartos-de-final da Taça de Portugal.

O jogo começou praticamente com o golo de Eustáquio, na sequência da primeira aceleração de João Mário, cujo cruzamento descobriu Gabriel Veron ao segundo poste. Da tentativa de cabeceamento do brasileiro resultou a intervenção feliz do internacional canadiano, a desviar, na passada — falhando até o remate —, a bola para a baliza.

O FC Porto já tinha ameaçado logo nos primeiros segundos, por Danny Namaso, mas o esloveno Domen Gril resolveu sem problemas.

Na verdade, o Ac. Viseu não podia ter entrado pior no jogo que decidia o segundo finalista da competição, acabando mesmo por ter vivido momentos de grande aperto, com Pepe a enviar uma bola ao poste e um remate de Otávio a ser interceptado por Messeguem quando Gril parecia impotente para evitar o pior.

Em pouco mais de 15 minutos, o FC Porto construía oportunidades suficientes para encerrar a discussão, com Danny Namaso a ver Arthur Chaves salvar mais uma vez os viseenses. Quatro dos cinco cantos conquistados na primeira parte surgiram nesse período, o que não deixa de ser revelador da entrada determinada dos “azuis e brancos”.

Jorge Costa, que até nem optara por um sistema ultra-defensivo, apesar da colocação estratégica dos dois médios de contenção na zona dos centrais, acreditou que Toro, Clóvis e Quizera poderiam imprimir uma rotação e velocidade capazes de surpreender a defesa portista.

Mas os momentos de maior inspiração do Ac. Viseu não foram suficientemente fortes para descompensarem um “dragão” que até dispensou alguns dos seus homens mais influentes no ataque. Sérgio Conceição deu oportunidade a Pepê, Danny Namaso e Gabriel Veron, poupando Taremi, Galeno e Toni Martínez.

Também na defesa houve alterações, com Fábio Cardoso — titular nos primeiros quatro compromissos da Taça da Liga — a ficar no banco. Pepe e Marcano conferiam a experiência necessária para controlar os espaços mais sensíveis, obrigando o Ac. Viseu a apostar na meia distância, fosse por Quizera ou Milioransa, sempre sem grande incómodo para Cláudio Ramos.

Sem sobressaltos, o FC Porto abordou a segunda parte com a serenidade necessária para esperar a melhor altura para definir o resultado, o que aconteceu logo após Sérgio Conceição ter descartado Eustáquio (já com amarelo) e Veron, os dois homens que estiveram na origem do primeiro golo.

Em campo surgiram Galeno e Bernardo Folha, com o brasileiro a iniciar o lance que deixou Jorge Costa a olhar para o firmamento. O extremo recuperou uma bola na área, solicitou João Mário na zona frontal, com o lateral-direito a fazer uma assistência açucarada para Danny Namaso marcar e isolar-se como melhor marcador portista na competição, à frente de Galeno, Taremi e Toni Martínez, com três golos.

Aos 79', foi a vez de Folha imprimir o nome nas estatísticas do jogo, num lance com direito a um primeiro remate, à recarga e a um ressalto que encaminhou a bola para o fundo da baliza, fechando o resultado.

Estava, assim, encontrado o segundo finalista da 16.ª edição da competição, com a promessa de uma final que não terá nenhum outsider no cartaz.

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