Se numa noite de Inverno um best-seller

O número de pessoas a ler calhamaços de Ludlum ou Dan Brown nos salões das Partidas diminuiu nas últimas décadas.

Como tantas outras categorias culturais do século XX, o “romance de aeroporto” foi uma criação acidental: produto de tecnologia, globalização, viagens periódicas, longos períodos de lazer em não-lugares. Apesar de saltos evolutivos e ajustes estruturais, foi mantendo intactas as suas propriedades básicas: o volume considerável (500 páginas como mínimo olímpico); o título formulaico (assente na justaposição de artigo definido, substantivo exótico, e uma qualquer designação vagamente técnica: O Mosaico Parsifal, O Dossier Odessa, O Código Da Vinci, A Operação Marquês); e o sobrenome familiar em alto-relevo, com caracteres tão grandes como o título (costumava ser “Ludlum” ou “Forsyth”, depois “Clancy” ou “Crichton”, depois “Brown” ou “Baldacci”).

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