O Douro quer finalmente entrar no século XXI

O Douro viveu até agora à sombra de uma governação criada pelo Estado Novo. Durante décadas, o negócio fluía e as empresas adaptaram-se ao anacronismo. A estagnação leva-as a querer mudar.

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Quinta do Bonfim, no Douro. Um potencial amarrado pelo passado Jose Sergio / PUBLICO
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Adega da Nogueira, no Douro. Ao contrário da maioria das empresas, a Taylor's concentra-se no vinho do Porto Anna Costa

Só mesmo uma região com o potencial do Douro para a produção de vinhos de qualidade seria capaz de viver duas décadas do século XXI com um modelo de organização ancorado nos anos 30 do século XX. Só mesmo a constatação de que a inércia tem limites e que a falta de coragem para mudar implica custos foram capazes de mover as empresas do sector a aprovar um desígnio estratégico quase revolucionário para o ano em curso: em 2023, terá de haver uma “alteração do quadro regulamentar do sector” ou, por outras palavras, “novos desafios estratégicos” para o Douro e para os seus vinhos que “acabem com a ilusão completa em que vivemos”, nas palavras de António Filipe, presidente da Associação de Empresas de Vinho do Porto.

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