Todos os distritos sob aviso amarelo devido ao frio

O tempo frio é causado por um anticiclone localizado no Norte da Europa, que “transportará uma massa de ar frio continental para a península Ibérica”. Que conselhos deixa a DGS?

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IPMA prevê uma semana com muito frio LUSA/PEDRO SARMENTO COSTA

Os 18 distritos de Portugal continental vão estar sob aviso amarelo devido à previsão de tempo frio, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Este domingo são três os distritos que estão sob aviso amarelo devido à persistência de valores baixos de temperatura mínima — Bragança, Guarda e Vila Real —, mas a partir da madrugada de segunda-feira os restantes distritos portugueses ficam também sob aviso amarelo.

O aviso amarelo é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica.

O aviso amarelo do IPMA irá vigorar até às 7h de quarta-feira.

Segundo o organismo, as temperaturas vão descer em Portugal a partir de segunda-feira, com mínimas entre os 5º e -6º, mantendo-se tempo frio até ao final da semana.

Em comunicado, o IPMA refere que o tempo frio é causado por um anticiclone localizado no Norte da Europa, que se estende "em crista até ao Atlântico" e "transportará uma massa de ar frio continental para a península Ibérica".

Esta "descida acentuada dos valores de temperatura até segunda-feira, dia 23" deve manter-se "sem alterações significativas até ao final da semana" e não há previsão de chuva, ainda segundo o instituto meteorológico.

Na segunda-feira, de acordo com o IPMA, a "temperatura mínima deverá variar aproximadamente entre 0º e 5° C, sendo inferior no interior Norte e centro, onde irá baixar até valores entre 0 e -6° C", prevendo-se igualmente a formação de geada.

A temperatura máxima também vai descer, "prevendo-se na generalidade do território valores entre 10º e 15°C e, no interior Norte e centro, valores entre 5º e 10° C".

O que aconselha a DGS?

Numa nota publicada no site da Direcção-Geral da Saúde (DGS), na terça-feira, a autoridade nacional de saúde deixa algumas recomendações à população no sentido de se proteger dos efeitos negativos do frio para a saúde. Entre os conselhos, está "evitar a exposição prolongada ao frio e a mudanças bruscas de temperatura".

Manter o corpo quente, utilizando várias camadas de roupa, adaptada à temperatura ambiente, é também importante, assim como não esquecer a protecção das extremidades do corpo, "utilizando luvas, gorro, cachecol, meias quentes e calçado quente e antiderrapante".

A hidratação não pode ficar esquecida por estes dias e a recomendação da DGS é que a população se mantenha hidratada, através do consumo de sopas e bebidas quentes, por exemplo, evitando o consumo de álcool, "que proporciona uma falsa sensação de calor".

Por outro lado, importa "prestar atenção aos grupos mais vulneráveis, como crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam actividade no exterior" e pessoas em situação de sem-abrigo.

Entre os conselhos, está também o acautelar da prática de actividades no exterior, como forma de "evitar esforços excessivos". Uma vez no exterior, a autoridade de saúde aconselha a "utilizar vestuário adequado e prestar atenção às condições do piso para evitar quedas".

Na estrada, a adopção de uma "condução defensiva" é essencial, "uma vez que poderão existir locais na estrada com acumulação de gelo".

Quanto ao aquecimento das casas, recorda-se a importância de "verificar o estado de funcionamento dos equipamentos" e garantir uma adequada ventilação das habitações se utilizar braseiras ou lareiras. "Ter especial atenção aos aquecimentos com combustão (ex.: braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte", lê-se ainda na publicação.

Durante o sono, deve evitar-se o uso de dispositivos de aquecimento, "desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar".

"Se ficar doente, não corra para as urgências. Ligue para o SNS 24 (808 24 24 24)", apela a autoridade nacional da saúde.

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