A morte do mais imortal dos mortos africanos ainda faz correr muita tinta

Spínola estava convencido de que tudo tinha sido preparado em Lisboa, mas 50 anos depois não há certezas sobre quem mandou matar Amílcar Cabral. E até se houve mesmo um mandante do crime.

Foto
Amílcar Cabral a escrever na sede do PAIGC em Conacri, junto à qual foi assassinado a 20 de Janeiro de 1973 cortesia da fundacao mario soares

Os executantes foram presos, interrogados sob tortura, sumariamente julgados e por fim executados. Os registos áudio dos seus interrogatórios desapareceram. O dedo foi apontado à polícia política portuguesa (PIDE/DGS) e os olhos voltaram-se para o general António de Spínola, governador e comandante militar da Guiné, que em 1970 tinha tentado assassinar Amílcar Cabral e falhara redondamente. Mas, 50 anos depois do assassínio do "Homem Grande", do mais imortal dos mortos, do maior líder nacionalista africano (reconhecido pelo próprio Nelson Mandela), sabemos quem disparou as balas, nem tanto sobre quem deu a ordem para as disparar nesse 20 de Janeiro de 1973. Ou mesmo se houve algum mandante.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 3 comentários