Sporting fechou primeira volta a ganhar e a sofrer

“Leões” ganham em casa sobre o Vizela por 2-1 com um penálti convertido por Porro no tempo de compensação.

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Paulinho teve uma noite muito perdulária LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O Sporting voltou nesta sexta-feira às vitórias, com um triunfo por 2-1 sobre o Vizela em Alvalade no jogo da 17.ª e última jornada da primeira volta do campeonato. Depois de derrota com o Marítimo e empate com o Benfica, os “leões” garantiram os três pontos com um penálti convertido por Pedro Porro no tempo de compensação.

Rúben Amorim nada mudou em relação ao “onze” que empatou na Luz, ao contrário de Tulipa, que foi mais cauteloso em relação aos jogos anteriores – uma defesa a cinco, um meio-campo reforçado e um ponta-de-lança único. Só que mais não quer dizer melhor e o Vizela desde cedo mostrou ao Sporting o caminho que tinha de seguir para marcar. Os “leões” é que não aproveitaram.

Havia um risco naquela linha defensiva adiantada da formação minhota que estava exposta à profundidade – individualmente, os centrais conseguiram resolver algumas vezes, mas a falta de acerto colectivo abria espaços.

O primeiro a perceber isso foi Coates, que arriscou num par passes longos a isolar colegas do ataque. Logo aos 5’ serviu Paulinho, que ganhou em velocidade e ficou sozinho frente a Buntic, mas acertou em cheio na cabeça do guarda-redes croata. Mais à frente, o uruguaio tentou fazer o mesmo com Trincão, mas o resultado foi igual.

Pelo meio, o Vizela imitou os "leões", apostando na velocidade de Osmajic, mas o remate do incómodo avançado montenegrino morreu nas mãos de Adán. Foi uma rara incursão ofensiva dos visitantes no meio de uma dose generosa de desperdício por parte dos “leões”. Paulinho esteve particularmente desastrado, não na parte associativa do jogo (em que foi competente), mas na finalização. E Trincão também teve algumas jogadas para marcar, mas nada feito.

Depois de uma primeira parte com muita criação e pouco acerto no remate, Amorim mudou ao intervalo, dando os primeiros minutos pós-Mundial a Morita e tirando do jogo um desinspirado Edwards. Pedro Gonçalves avançou no terreno e a intenção do técnico “leonino” era clara: aproveitar a capacidade goleadora de Pote colocando-o mais perto da baliza.

Com esta reorganização, o Sporting levou menos de 15 minutos a chegar ao golo. Aos 59’, solicitado por Nuno Santos, Matheus Reis conseguiu chegar uma bola em cima da linha de fundo e esta, desviando no jogador do Vizela, foi ter com Porro. O espanhol já sabia bem onde a meter, ao alcance do pé direito de Pedro Gonçalves, que encostou para o 1-0. Mais uma assistência (a 10.ª) para Porro e mais um golo (o 11.º) para o 28 dos “leões”.

O golo do Sporting apareceu numa altura em que o Vizela já parecia conformado a entrincheirar-se à volta da sua baliza. Tulipa reformulou a sua equipa para lhe dar alguma criatividade, foi ganhando algumas aproximações perigosas e teve o prémio aos 75’. Matheus Pereira teve espaço na esquerda para cruzar e Alex Méndez, antecipou-se aos centrais para fazer o empate.

Os “leões” contestaram a legalidade do lance, alegando que a jogada devia ter sido interrompida quando a bola bateu em Rui Costa imediatamente antes do cruzamento, mas o árbitro validou o golo. Amorim manteve as alterações que tinha programadas – a estreia de Tanlongo e mais minutos para Chermiti.

Já em tempo de compensação, já com Coates a ponta-de-lança, o Sporting beneficiou de um penálti a castigar uma falta de Julião sobre Paulinho e Porro, da marca dos 11 metros, fez o golo que garante ao Sporting, pelo menos, não perder pontos para quem vai à sua frente.

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