Uma revolução para poder “dançar nos becos” e beijar sem medo

Decididos a reivindicar todas as liberdades, os iranianos estão a meio do caminho, mas já ganharam.

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Revolução Primeiro, saíram à rua as iranianas e os iranianos logo se lhes juntaram. Primeiro, as jovens tiraram os seus hijabs, agitaram-nos no ar, depois cortaram os cabelos e seguraram-nos, como punhos cerrados. Depois, saíram à rua as mães e as avós (c EPA

Uma vida feita de gestos contidos, de conversas em silêncio, de beijos reprimidos, canções caladas e danças imaginadas, uma vida onde só a hipocrisia permanente salva e um lenço descaído mata. É de tudo isto que os jovens iranianos estão fartos — tão fartos que prometem não parar até serem livres ou estarem mortos. Quatro meses chegaram para que não haja dúvidas. Agora que se permitiram sentir as emoções e as deixaram transbordar até explodirem, aconteça o que acontecer, nada será como antes.

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