A luz ou o silêncio: Nick Cave

Cave tornou-se um entertainer que comercializa afectos?

Foto
Nick Cave e The Bad Seeds no Meo Kalorama, em Lisboa, em 2022 Paulo Pimenta

Ao vivo, encontrei Nick Cave and Bad Seeds duas vezes. Da primeira, guardo instantâneos de um mar revolto de rostos, braços e pernas. De uma atmosfera orgiástica e delirante. De músicos que saídos de uma cortina — que podia ser a da tela de um cinema — investiram com violência sobre a plateia. Ah, e — detalhe fútil e tão inesquecível — de uma garrafa de whisky que passou de mão em mão, de boca em boca, enquanto sobre nós, pobres e jovens fiéis, deflagravam gritos.

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