Para lá da forma, a matéria

Há que reconhecer que este ano houve matéria a registar nas intervenções da cerimónia de abertura do ano judicial.

Por dever, em diferentes circunstâncias, contas por alto, assisti a umas dez cerimónias de abertura do ano judicial. Bem sei que o cidadão comum se interessa mais pelas peripécias dramáticas dos processos “famosos” do que pelos eventos da justiça institucional; que a comunicação social se enfada muito com o ritual simbólico cerimonioso e com discursos em que é preciso desencriptar o soundbite; que as intervenções dos oradores, entre os balanços, os lamentos e as promessas, às vezes soam repetitivas e rotineiras. Sabendo disso tudo e de como rapidamente se esfumam no tempo as palavras ali ditas, há que reconhecer que este ano, para lá da forma, houve matéria a registar.

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