Região Centro integra projecto europeu para combater alterações climáticas

Há mais de 26 milhões de euros, sendo que mais de 5,6 milhões de euros destinam-se a Portugal, para aumentar a capacidade de adaptação de 12 regiões europeias vulneráveis às alterações climáticas.

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O projecto foca-se no desenvolvimento de soluções para a promoção de uma gestão e valorização mais eficaz da floresta Sergio Azenha

A Região Centro é uma das regiões que integra o projecto europeu Resist, que conta com a participação de 56 entidades, de 15 países, e de um investimento total de 26 milhões de euros para combater as alterações climáticas.

O projecto europeu Regions for climate change resilience through Innovation, Science and Technology -- Resist [Regiões para resiliência às alterações climáticas através da Inovação, Ciência e Tecnologia], financia projectos demonstradores no âmbito da missão de adaptação às alterações climáticas do programa Horizonte Europa da Comissão Europeia, informou, em comunicado a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), após o lançamento do evento que decorreu esta quarta-feira, em Coimbra.

A Região Centro é uma das regiões que participam no projecto europeu, que conta com um investimento total de 26 milhões de euros, sendo que mais de 5,6 milhões de euros destinam-se a Portugal. A ideia é "acelerar a transformação e aumentar a capacidade de adaptação" de 12 regiões europeias vulneráveis às alterações climáticas.

A iniciativa prevê o desenvolvimento de projectos demonstradores de inovação em quatro regiões e a transferência de conhecimento e soluções inovadoras para outras oito regiões.

Um dos demonstradores deste projecto será desenvolvido na Região Centro, nos territórios da Região de Coimbra e do Médio Tejo, e conta com um orçamento de quase 2,5 milhões de euros. De acordo com a nota, o projecto foca-se no desenvolvimento de soluções para a promoção de uma gestão e valorização mais eficaz da floresta, de modo a reduzir os efeitos das alterações climáticas no território, mais concretamente no que diz respeito à ocorrência de grandes incêndios rurais.

Nesse sentido, serão implementadas "novas práticas de uso e ocupação do solo, resiliência genética e serão testadas soluções de biocircularidade dos biorresíduos verdes, através de novas formas de valorização da biomassa florestal".

O objectivo final será a definição de novos modelos de negócio e formas de governação das Áreas Integradas de Gestão de Paisagem (AIGP) e dos Condomínios de Aldeia.

"A participação no projecto Resist demonstra bem o compromisso da Região para levar a cabo políticas de combate às alterações climáticas e de mitigação dos seus efeitos até 2030. O nosso trabalho, focado no enorme problema para a região que são os incêndios rurais, vai ser desenvolvido no contexto deste grande consórcio europeu, beneficiando do conhecimento e da troca de experiências com as outras regiões parceiras", sublinhou a presidente da CCDRC, Isabel Damasceno.

O Centro vai ainda "acompanhar os outros três projectos demonstradores, centrados em problemas que muito têm afectado a região, como são a seca, as cheias, as ondas de calor e as tempestades", acrescentou.

Além da CCDRC, participam no desenvolvimento deste demonstrador as Comunidades Intermunicipais (CIM) da Região de Coimbra e do Médio Tejo, o Laboratório Colaborativo para a Gestão Integrada da Floresta e do Fogo (ForestWise), a Associação BLC3 -- Campus de Tecnologia e Inovação, a MédioTejo21 -- Agência Regional de Energia e Ambiente do Médio Tejo e Pinhal Interior Sul e o Instituto Politécnico de Portalegre, assim como as regiões Vesterålen, na Noruega, e Extremadura, em Espanha, com as quais será feita a articulação para transferência dos resultados.

O demonstrador será também acompanhado pela INOVA+, que tem um papel activo na equipa coordenadora do projecto Resist.

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