“Protecção climática não é crime”, diz Greta Thunberg após detenção

A activista sueca foi brevemente detida esta terça-feira, na sequência de um protesto contra a demolição da localidade alemã de Lützerath. Esta demolição permitirá a expansão de uma mina de carvão.

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Greta Thunberg no protesto contra a demolição de Lützerath, antes da sua detenção RONALD WITTEK/EPA

Após ter sido brevemente detida (e, pouco tempo depois, libertada) pela polícia esta terça-feira, na Alemanha, a activista climática Greta Thunberg voltou ao ataque, tendo recorrido ao Twitter para dizer que protestar em defesa do clima não é crime.

“Ontem fiz parte de um grupo que protestou pacificamente contra a expansão de uma mina de carvão na Alemanha. Fomos interrogados pela polícia e depois detidos, mas fomos libertados mais tarde naquela noite”, escreveu a sueca de 20 anos, cujo paradeiro é presentemente incerto. “Protecção climática não é crime”, frisou ainda.

A jovem e outros activistas foram detidos na sequência de um protesto contra a demolição da pequena localidade alemã de Lützerath, que não chega a ser suficientemente grande para ser uma vila ou aldeia. A demolição permitirá a expansão de uma mina de carvão a céu aberto, propriedade da multinacional energética alemã RWE.

Greta foi carregada para fora das imediações da mina, onde estava a protestar, por três polícias. Acabou, depois, por ser levada para dentro de um grande autocarro das autoridades, onde foi vista a esboçar um sorriso contido e a mostrar o polegar às câmaras que a fotografaram.

A jovem, que foi libertada após um controlo de identidade,​ descreveu a expansão da mina como uma traição às gerações presentes e futuras. Acusou ainda a Alemanha de ser um dos maiores poluidores do mundo.

Os protestos em Lützerath, cuja demolição vem a ser discutida há já algum tempo, têm reforçado o actual clima de tensão envolvendo as políticas ambientais da Alemanha. Activistas argumentam que o país está a negligenciar metas climáticas ao regressar a combustíveis mais poluentes, numa altura em que, devido à invasão da Ucrânia, atravessamos uma crise energética.

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