Equipa 100% portuguesa começa hoje a lutar pela vitória na Ocean Race

Liderado por António Fontes, o VO65 da Mirpuri Racing Team é um dos veleiros favoritos na primeira regata da prestigiada competição de vela.

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O VO65 da Mirpuri Racing Team DR

Serão 11 barcos, distribuídos por duas classes, e, na primeira regata, que terá o seu início hoje (RTP2, 13h), os veleiros terão pela frente cerca de 1900 milhas náuticas (aproximadamente 3500 quilómetros) entre Alicante, no Sul de Espanha, e Mindelo, na ilha cabo-verdiana de São Vicente.

Na competição Ocean Race Sprint, o VO65 da Mirpuri Foundation Racing Team, com tripulação 100% portuguesa, é um dos favoritos à vitória. Na classe IMOCA, a novidade da 14.ª edição da antiga Volvo Ocean race, o veleiro 11th Hour Racing Team liderado por Charlie Enright surge como o candidato número 1 ao triunfo.

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Mais de cinco anos depois da última edição - o início foi adiado em mais de um ano devido à pandemia -, a Ocean Race desta vez não terá uma impressão digital portuguesa tão forte - Lisboa foi uma das paragens da competição em 2012, 2015 e 2017 -, mas a vela nacional estará representada na presente edição pela Mirpuri Foundation Racing Team, equipa que fará a terceira participação consecutiva na prova.

Tendo o privilégio de liderar o mesmo VO65 que conduziu, na edição de 2017/18, a Dongfeng Race Team ao triunfo da mais difícil prova de circum-navegação à vela por equipa, estará António Fontes. O velejador português, que fez parte da SHK Scallywag na última Volvo Ocean Race, terá a bordo uma tripulação 100% portuguesa, composta por Bernardo Freitas, Frederico Melo e Mariana Lobato – trio que fez parte da equipa vencedora da The Ocean Race Europe, disputada no verão de 2021 -, e ainda Hugo Rocha, Diogo Cayolla, Matilde Pinheiro de Melo, Francisco Cai-Água, Francisco Maia e Francisca Pinho.

Para os seis VO65 inscritos, a luta será pelo triunfo na Ocean Race Sprint, que terá um formato mais reduzido: a primeira (Alicante-Mindelo) e as duas últimas regatas (Aarhus-Haia e Haia-Genóva). António Fontes, skipper do veleiro com bandeira portuguesa, prevê “que seja uma regata bastante exigente”, uma vez que “todas as equipas têm velejadores muito bons”. No entanto, o líder da Mirpuri Foundation Racing Team acredita que a sua equpa terá o que “é necessário para fazer uma óptima prova”.

Para a classe IMOCA, Alicante será apenas o início de uma longa odisseia, que terminará apenas em Julho, em Génova. Até lá, os cinco velozes veleiros com foils terão pela frente sete ligações, merecendo destaque a regata entre a Cidade do Cabo (África do Sul) e Itajaí (Brasil), que será a mais longa travessia de sempre da competição: 12.750 milhas náuticas (quase 24 mil quilómetros através dos turbulentos mares do Pacífico Sul, com passagem no Cabo Horn, o ponto mais meridional da América do Sul.

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