Barcelona conquista Supertaça, com Gavi a deixar Real perdido no deserto

Derrota expressiva da equipa de Madrid, que entregou, sem grande resistência, o troféu conquistado em 2021.

Gavi marcou e deu a marcar no triunfo do Barcelona
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Gavi marcou e deu a marcar no triunfo do Barcelona EPA/STR
Barcelona conquistou 14.ª Supertaça de Espanha
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Barcelona conquistou 14.ª Supertaça de Espanha Reuters/AHMED YOSRI

Depois de entregar a liderança da Liga espanhola ao Barcelona, o Real Madrid passou, este domingo, na Arábia Saudita, o “testemunho” na Supertaça de Espanha, acabando derrotado por 1-3 numa final dominada pelos catalães.

Gavi foi imperial no jogo de Riade, com um golo (33’) e duas assistências que Robert Lewandowski (45’) e Pedri (69’) agradeceram. O pequeno médio explorou com genialidade todos os equívocos do Real Madrid, adversário que, no final da primeira parte, regressou cabisbaixo aos balneários, com dois golos de desvantagem, e sem motivos para recordar 45 minutos que poderiam reduzir-se a um cabeceamento de Benzema - o francês reduziria a diferença aos 90+3’, mas não a frustração.

A caminho do descanso, a formação de Ancelotti percebia que dificilmente chegaria ao quarto triunfo nas últimas seis edições da “Supercopa”. Tão pouco repetiria o desfecho do último duelo entre “merengues” e “culés”, na final de 2017 (a duas mãos), quando Cristiano Ronaldo, em Camp Nou, deu o impulso necessário para o triunfo (1-3), confirmado três dias depois, em Madrid, com nova vitória, por 2-0.

Para Cristiano, essa seria a última participação na Supertaça de Espanha, que agora foi aos novos domínios do português, no Médio Oriente, decidir a 39.ª edição do troféu.

O Real Madrid procurava igualar as 13 conquistas do Barcelona na competição, mas a realidade acabou por se revelar demasiado dura, pois foram os “blaugrana” a conseguirem o 14.º triunfo, depois da última vitória em 2018, a que se seguiram duas meias-finais (2019 e 2021) e duas presenças nas finais de 2020 e 2022. Para além de Gavi, destaque para Lewandowski, que em dez confrontos com os madrilenos facturou pela sétima vez.

Enquanto isso, em território espanhol, o Almeria poderá ter obliterado as ambições do Atlético de Madrid, que tem o terceiro lugar da Liga cada vez mais distante, já a sete pontos da Real Sociedad. A formação de Diego Simeone afunda-se nos lugares europeus, tendo caído para a sexta posição após o empate (1-1).

O Atlético entrou bem, a marcar por Ángel Correa (18’), mas não evitou a igualdade, assinada por El Bilal Touré (37’), terminando mesmo reduzido a dez por expulsão de Reguilón (89’).

Arsenal reforça liderança

Na Liga inglesa, depois da derrota do Manchester City, na véspera, em Old Trafford, o líder Arsenal não desperdiçou a oportunidade de ampliar para oito pontos a vantagem sobre o segundo classificado.

Num derby londrino, os “gunners” foram ao estádio do Tottenham vencer por 0-2, com um autogolo de Hugo Lloris (14’) e mais um festejo do norueguês Martin Odegaard, o melhor marcador da equipa, com oito remates certeiros em 17 jogos da Premier League.

O Arsenal construiu o resultado na primeira parte, suportando a reacção dos “spurs” na segunda metade, período em que sobressaiu o guarda-redes Aaron Ramsdale - vítima de agressão de um adepto, já no final -, com sete defesas decisivas, a negar o golo da equipa da casa.

O Arsenal pode, assim, preparar com maior margem a próxima ronda (21.ª), marcada pela recepção ao Manchester United, quarto do campeonato (vindo de nove triunfos consecutivos), a nove pontos do primeiro classificado.

Pressionado pelo Brighton, que no sábado goleou o Liverpool (com um jogo em atraso, surge bem posicionado para atacar o quinto lugar), o Tottenham viu ainda o Manchester United fugir na tabela, tendo os “seagulls” a três pontos.

Noutro derby londrino, o Chelsea - sem o português João Félix, a cumprir suspensão após ter sido expulso no jogo de estreia na Liga inglesa - superou o Crystal Palace pela margem mínima, graças a um golo de Kai Havertz (1-0). Desfecho importante para alcançar o Liverpool a meio da tabela classificativa, com 28 pontos, apesar de os “reds” terem um jogo a menos.

O Chelsea aproveitou a oportunidade para apresentar o quinto reforço de Inverno, o ucraniano Mykhailo Mudryk, extremo contratado ao Shakhtar Donetsk por 70 milhões de euros, cifra que pode chegar aos 100 milhões, para um contrato de oito anos e meio. Um negócio histórico para o emblema ucraniano.

Mais a norte, em Newcastle, os “magpies” garantiram no último suspiro importante triunfo (1-0) sobre o Fulham do treinador português Marco Silva. Com Palhinha a tempo inteiro, os “cottagers” dispuseram de flagrante ocasião para marcar, num penálti de Mitrovic, a 20 minutos dos 90. Mas o sérvio escorregou na hora de cobrar o castigo máximo, dando dois toques na bola.

Aproveitou o Newcastle, que lançou de imediato o sueco Alexander Isak, convertido em herói da tarde ao marcar o golo do triunfo, aos 89’, quebrando uma série de cinco vitórias consecutivas do Fulham, quatro delas para a Liga inglesa

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