Mísseis russos voltam a cair sobre as cidades da Ucrânia

Ataque em Dnipro destruiu um bloco de apartamentos e causou cinco mortos. Zelensky pede armamento pesado e Reino Unido vai enviar tanques de guerra.

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O ataque a Dnipro reduziu a escombros um prédio de apartamentos EPA/SERGEY KOZLOV
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O ataque a Dnipro reduziu a escombros um prédio de apartamentos EPA/SERGEY KOZLOV
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O ataque a Dnipro reduziu a escombros um prédio de apartamentos EPA/SERGEY KOZLOV
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O ataque a Dnipro reduziu a escombros um prédio de apartamentos STR

Os mísseis russos voltaram este sábado a cair sobre as cidades ucranianas, numa série de ataques que atingiu Kiev, Kharkiv e Dnipro, cidade onde morreram cinco pessoas e dezenas ficaram feridas após um prédio de apartamentos ter ficado reduzido a escombros.

Segundo as autoridades ucranianas, o alvo principal do ataque russo foi a infra-estrutura energética do país, com o ministro da Energia, German Galushchenko, a admitir que os próximos dias serão “difíceis”, já que meses de bombardeio russo à rede eléctrica ameaçam o fornecimento de electricidade, água canalizada e aquecimento no auge do Inverno.

Os ataques deste sábado acontecem numa altura em que as potências ocidentais preparam-se para enviar tanques de guerra para a Ucrânia e antes de uma reunião dos aliados da Ucrânia em Ramstein, na Alemanha, na próxima sexta-feira, onde os governos ocidentais deverão discutir um novo pacote de ajuda militar.

Este sábado, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou que o Reino Unido vai enviar para a Ucrânia tanques de combate, juntando-se a outros aliados como a Polónia, os Estados Unidos a Alemanha ou a França no fornecimento deste tipo de equipamentos.

De acordo com o gabinete de Sunak, o líder do Governo britânico confirmou durante um telefonema com o Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, a intenção de enviar tanques para apoiar a Ucrânia no combate das tropas russas, a que se junta também apoio adicional de artilharia. Os blindados que o Reino Unido vai fornecer à Ucrânia são os Challenger 2, veículos desenvolvidos para atacar outros tanques.

Após os ataques russos deste sábado, o Presidente ucraniano voltou a destacar a importância do fornecimento de armamento pesado para travar os ataques da Rússia a alvos civis.

“O que é necessário para que isso aconteça? As armas que estão nos depósitos dos nossos parceiros e pelas quais os nossos soldados tanto esperam”, afirmou Zelensky, acrescentando: “O mundo inteiro sabe o que fazer e como deter aqueles que semeiam a morte. Agradeço a todos os que nos ajudam”.

Nos ataques deste sábado, o mais destrutivo aconteceu à tarde, em Dnipro, onde a destruição de um bloco de apartamentos causou cinco mortos e pelo menos 60 feridos, número que poderá aumentar já que, segundo as autoridades, ainda haverá pessoas presas nos escombros.

“Estes russos são simplesmente desumanos”, lamentou o chefe de gabinete adjunto da Presidência ucraniana, Kirilo Timoshenko. “Pelo menos uma escada desapareceu. Sob os escombros há pessoas que tinham acabado de voltar a casa depois das férias”, acrescentou.

“Uma tragédia. Já estive no local. Vamos vasculhar os escombros toda a noite”, disse por sua vez Borys Filatov, presidente da câmara de Dnipro.

De manhã, os mísseis russos tinham atingido a capital, Kiev. A administração militar da cidade indicou que uma parte não identificada de uma infra-estrutura foi atingida, enquanto o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que foram ouvidas explosões no distrito de Dniprovskyi e apelou aos residentes para “permanecerem nos abrigos”. Desde a noite de ano novo que a capital ucraniana não era atacada com mísseis.

Também ao início do dia, dois mísseis russos atingiram Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. A extensão dos danos do ataque não ficou imediatamente clara, mas não foram relatadas quaisquer baixas.

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