Jeep vence pela primeira vez Carro do Ano na Europa com Avenger

O Jeep Avenger é o primeiro eléctrico da marca e foi escolhido como a melhor aposta para os clientes europeus, com o prémio a ser revelado, nesta sexta-feira, no Salão de Bruxelas.

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O Jeep Avenger deverá chegar ao mercado português em Março DR

O primeiro eléctrico na história da Jeep, o Avenger, foi pensado para a Europa e o resultado agradou à imprensa especializada do Velho Continente que o elegeu Carro do Ano, marcando a primeira vitória do emblema norte-americano nestes prémios.

O automóvel compacto, que, com uma bateria de 54 kWh, é proposto com motor de 156cv, foi apresentado no Salão de Paris, que decorreu em Outubro, e deverá chegar ao mercado português em Março, tendo as encomendas sido iniciadas em Novembro. Os preços arrancam nos 37.800€.

O carro 100% eléctrico obteve um total de 328 pontos e destacou-se de uma lista que incluía Volkswagen ID. Buzz (241 pontos), Nissan Ariya (211), Kia Niro (200), Renault Austral (163), Peugeot 408 (149) e Toyota bZ4X (133). A escolha não coincidiu com os votos dos dois jurados portugueses, que colocaram o B-SUV em segundo lugar; o modelo mais votado foi o Nissan Ariya, com mais um ponto.

Para o jurado português Francisco Mota, que assina o blogue Targa 67 e em várias publicações da especialidade, “a Jeep conseguiu fazer a sua própria interpretação do que poderia ser um B-SUV”, mesmo tendo por base “uma plataforma renovada do grupo Stellantis”.

Nos pontos fortes, o jornalista apontou o “estilo familiar, suspensão muito bem calibrada, com bom manuseamento e conforto e gama de potência e bateria mais do que suficiente”. A melhorar referiu a qualidade percepcionada no habitáculo, que “podia ser melhor, considerando a etiqueta de preço e o posicionamento premium”, lamentando que as versões a gasolina não cheguem a mais mercados (apenas Espanha e Itália contam com mecânicas térmicas no catálogo).

Já Joaquim Oliveira, que colabora com várias publicações internacionais (El Mundo, Quatro Rodas, etc.), escrevendo em Portugal para a revista Turbo ou o site Razão Automóvel, elogiou o “design atractivo”, que se “manteve fiel aos valores da marca, mesmo que adaptado a uma nova era, observando nos prós um “bom comportamento [em estrada], bem como excelente rigidez. Porém, criticou a travagem não progressiva, a direcção demasiado leve e a existência de apenas um nível de regeneração, concluindo que há espaço para melhorias.

Na sua 60.ª edição, o prémio que costuma ser conhecido em Genebra adiantou o seu calendário para fazer o anúncio em Bruxelas. Isto porque Genebra vai voltar, mas com uma edição a ser realizada no Qatar e só em Outubro (o salão, tradicionalmente, decorria em inícios de Março).

Este ano, o The Car of the Year voltou a não contar com os jurados russos, que permanecem suspensos após a invasão da Ucrânia. A escolha foi o resultado dos votos de 59 jurados de 23 países.


Artigo actualizado com as declarações do jurado português Joaquim Oliveira

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