Cerca de cem pessoas manifestaram-se no Rato contra o Governo

Manifestação, apartidária, aconteceu ao final de tarde desta quinta-feira frente à sede do Partido Socialista, no Largo do Rato.

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Participante na manifestação "Governo Socialista Out" LUSA/MIGUEL A. LOPES

Foram cerca de 100 pessoas que se reuniram ao fim de tarde desta quinta-feira no Largo do Rato, em frente à sede do Partido Socialista, numa manifestação cujo mote foi o pedido de demissão do Governo.

Sobretudo composta por jovens do sexo masculino, a manifestação, organizado por um movimento intitulado Governo Socialista Out [Governo Socialista fora], começou por volta das 19h. Durante a manifestação, o grupo fez-se ouvir através de buzinas, apitos ou cânticos que pediam a demissão do Governo liderado por António Costa.

Pouco antes de o protesto chegar ao fim, alguns manifestantes tentaram avançar as barreiras policiais e caminhar em direcção ao Palácio Praia — sede do Partido Socialista —, sendo interceptados pela PSP sem que tenha havido registo de violência. Às 20h30 o grupo desmobilizou-se.

O protesto organizou-se através do WhatsApp — aplicação na qual, segundo o movimento, o grupo conta com “mais de duas mil pessoas”. Dessas, cerca de cem saíram à rua. Uma manifestação espelho, organizada pelo mesmo movimento, aconteceu à mesma hora e em frente à federação socialista, no Porto, revelou o Diário de Notícias.

Este ajuntamento, “sem qualquer conotação política”, pretendia “protestar contra a actual situação governativa e o polvo socialista que se instalou”, lê-se num comunicado enviado às redacções pelo movimento organizador.

A manifestação tinha como objectivo “chamar a atenção para os constantes casos de corrupção de membros do Governo e de autarcas, além dos constantes indícios de tráfico de influências que diariamente assolam o nosso país e as suas instituições”, escreviam na mesma nota.

“Queremos um país digno onde quem nos governa, governa pelo exemplo da honestidade, do rigor e da procura da excelência. Queremos um país onde ter um cartão de militante do Partido Socialista não possa ser utilizado como uma auto-estrada para subir profissionalmente”, acrescentavam.

Na massa humana não se reconheceram rostos de políticos proeminentes ou parafernália partidária: apenas cartazes que, entre outras reclamações, criticavam a acção governativa e apontavam o dedo à corrupção.

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