Sp. Braga desfez o Vitória em cinco minutos

Bracarenses seguem para os quartos-de-final da Taça de Portugal com triunfo por 3-2, depois de terem estado a perder por 0-2 até aos 80’. Próximo adversário será o Benfica.

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O Sp. Braga deu a volta ao resultado em cinco minutos LUSA/HUGO DELGADO

Há sempre mais qualquer coisa em jogo em “velhas” rivalidades que torna irrelevante qualquer teórica superioridade de um dos lados. Não interessa quem está melhor, os confrontos entre Sp. Braga e Vitória de Guimarães são muitas vezes espectaculares e emotivos, e foi o que aconteceu nesta quarta-feira. Jogo dividido em partes iguais, muitos golos e uma cambalhota épica quando pouco o fazia prever. Depois de estar a perder por 0-2 até aos 80’, a formação bracarense virou para 3-2 nos cinco minutos seguintes e qualificou-se para os quartos-de-final da Taça de Portugal, onde irá defrontar o Benfica.

Neste derby do Minho, era o Sp. Braga que se apresentava com o tal favoritismo teórico, com o seu segundo lugar no campeonato e o conforto de jogar em casa, enquanto o Vitória já não ganhava há mais de um mês. Mas essa relação de forças foi pela janela nos primeiros minutos. A equipa orientada por Moreno assumiu as despesas ofensivas do jogo e andou a rondar a baliza de Matheus, sempre com Jota Silva a marcar o ritmo.

E à segunda tentativa, aos 16’, o ex-Casa Pia fez o golo. Foi puro contra-ataque. Aproveitando o adiantamento de todas as linhas bracarenses, André Silva colocou a bola na área e Jota, de primeira, fez o 0-1, num belo remate cruzado que não deu grandes hipóteses a Matheus. Era um prémio mais do que justo para o domínio esmagador dos vitorianos e um castigo merecido para a entrada em falso dos bracarenses.

O Sp. Braga conseguiu estabilizar um pouco depois do golo sofrido, mas sem se elevar até níveis aceitáveis, e o Vitória voltou a ser feliz já no último minuto do tempo de compensação na primeira parte.

Aos 45’+1', uma perda de bola de Racic para André Silva e a jogada foi parar aos pés de Anderson, que fugiu a Paulo Oliveira e, com um "chapéu" bem executado, fez o 0-2 mesmo a fechar a primeira parte.

Artur Jorge só tinha mesmo de arriscar. Para a segunda parte, tirou um médio (Racic) e meteu um avançado (Vitinha). Os bracarenses ganharam peso atacante com o seu jovem avançado, mas o marcador teimava em não funcionar.

O Vitória conseguiu levar a sua vantagem de dois golos até aos 80’, mas, aos 81’, Abel Ruiz relançou a eliminatória, aproveitando da melhor maneira um falhanço colectivo da defesa vitoriana após cruzamento de Victor Gómez.

O que aconteceu a seguir não foi nada menos que épico. Aos 82’, num tremendo remate à meia volta, Vitinha fez o golo do empate, o melhor da noite, e parecia bem evidente que a equipa da casa não iria contentar-se com o empate e que não iria jogar pelo seguro à espera do prolongamento. Foi exactamente o que aconteceu.

Aos 85’, numa jogada bastante confusa, Abel Ruiz voltou a ter espaço na área do Vitória e consegue bater o infeliz Celton Biai pela segunda vez, concretizando uma reviravolta que parecia impossível cinco minutos antes e a que o Vitória, esvaziado de toda e qualquer capacidade de luta, já não conseguiu responder.

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