Pagamos a casa com as nossas vidas

Dizem-nos que não há nada a fazer, que aguardemos que isto pode melhorar. Mas as vidas - e as cidades - não nasceram para ser adiadas, mas sim vividas.

Em Portugal, o preço da casa é a nossa vida. Esta é a conclusão óbvia sobre um país que esqueceu o direito fundamental a uma casa e que, assim, abandonou também a segurança (não é a casa a base dessa segurança?), a saúde mental (há saúde com casas sobrelotadas ou sem condições mínimas de dignidade?) e a autodeterminação pessoal e familiar de quem vive em Portugal (como atingimos os nossos objetivos ou como constituímos família gastando quase todo o salário com a casa?) como objetivos da nossa vida coletiva. Cada pessoa e cada família sente de forma diferente este problema, mas, no essencial, a razão é a mesma: é impossível pagar a renda ou comprar casa sem abdicarmos de nós.

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