Um governo em circuito fechado

Ninguém acredita que, depois do regabofe da TAP, o desgaste do Governo se resolva com escolhas que transpiram comodismo, resignação, falta de opções ou enfado.

Quando se esperava um golpe de asa para superar a indecorosa crise da indemnização a Alexandra Reis, o primeiro-ministro foi igual a si próprio e escolheu a banalidade do óbvio. Entra João Galamba para o lugar de Pedro Nuno Santos, Marina Gonçalves sobe a ministra e muda-se o suficiente para que tudo permaneça na mesma. A sensação de que o Governo navega à vista, que não arrisca, que não consegue recrutar para lá do aparelho do PS, que prefere o conforto prudente dos pequenos equilíbrios à incerteza do rasgo e da visão, confirmou-se: habituemo-nos, pois, ao conformismo.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 49 comentários