Reclamações sobre turismo aumentam 117% com TAP a liderar

A TAP surge como a mais referenciada nos contactos à plataforma Reclamar da Deco/Proteste, por atrasos e cancelamentos de voos, overbooking e perdas de bagagens.

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O sector do turismo e lazer surge em quarto lugar entre os mais reclamados PEDRO NUNES

As queixas e contactos sobre turismo na plataforma Reclamar da Deco/Proteste aumentaram 117,65% este ano, até terça-feira, sendo a TAP a empresa mais referenciada. Contudo, os sectores mais reclamados foram as telecomunicações, bens de consumo e serviços financeiros.

O sector do turismo e lazer, com 20.773 registos na plataforma, surge em quarto lugar entre os mais reclamados, mas é o que tem maior aumento, de 117,65% face a 2021.

Tal como no ano passado, a companhia aérea TAP surge como a mais referenciada nos contactos à plataforma Reclamar, diz a Deco/Proteste, havendo um pico de contactos no período de férias, motivados essencialmente por atrasos e cancelamentos de voos, overbooking e perdas de bagagens.

No total, a plataforma registou entre Janeiro e até 27 deste mês 280.182 contactos, quando em 2021 tinha registado 300.721 contactos.

As comunicações electrónicas voltaram a ser o sector líder das reclamações, sendo falhas na cobertura, velocidade de internet inferior à contratada e penalizações por mudança de fornecedor as reclamações mais frequentes, entre outras razões.

"À semelhança de 2021, Meo, Nos e Vodafone lideram nas reclamações apresentadas, com um total de 37.885 contactos ao longo de todo o ano", informa a Deco/Proteste, em comunicado divulgado.

A seguir às telecomunicações, que aumentaram 19,8% face a 2021, os bens de consumo registaram 36.971 casos na plataforma, mais 57,1% do que em 2021, principalmente devido a bens defeituosos e garantias, desconformidade entre o anunciado e a realidade ou dificuldades nas compras online.

No terceiro lugar dos mais reclamados surgem os serviços financeiros, com 31.985 contactos, mais 52,7% do que em 2021, sendo a principal razão das queixas os aumentos das comissões bancárias e a dificuldade de interpretação de cláusulas contratuais.

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