Jéssica e as crianças com as vidas congeladas

Garantir que as crianças em risco não são ainda mais abandonadas é uma exigência básica de qualquer comunidade. No Natal e nas outras estações do ano.

Se fizesse um exercício para o pior de 2022 em Portugal, a minha escolha seria (tragicamente) fácil: o assassínio de Jéssica, a criança de três anos morta por uma dívida da sua mãe (uma ninharia de centenas de euros), suspeita-se que pelo casal a quem a dita mãe a entregou voluntariamente e lha devolveram morrendo. Inicialmente pensava-se que a dívida era por uma exótica prestação de serviços de bruxaria para melhorar a vida conjugal da mãe de Jéssica. A Polícia Judiciária, agora, suspeita afinal que a verdade deste assassínio é mais hardcore: a dívida da mãe ao casal, ou ao filho do casal (personagem recentemente entrada nesta narrativa mas já velho conhecido das autoridades por tráfico), era afinal dívida de droga. Para piorar, Jéssica serviria como correio infantil para transportar a droga, que lhe seria inserida no ânus.

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