É tempo de unidade na luta, pela Escola Pública e pela valorização da classe docente!

Após tantos anos a perder direitos e a ser profundamente atacados e roubados, é fundamental pôr de lado as diferenças e unirmo-nos por um bem maior.

O país foi surpreendido pela greve de professores e educadores de norte a sul que se iniciou a 9 de dezembro por tempo indeterminado. O fim desta greve, à semelhança do seu início, será determinado democraticamente pela classe docente (e não por meia dúzia de dirigentes, sejam eles quais forem). E temos um compromisso claro com a classe, nunca assinaremos qualquer acordo com o Ministério da Educação (ME) sem antes auscultar democraticamente quem trabalha nas escolas.

Podemos reconhecer que uma sondagem dinamizada por bloguers docentes (totalmente independente do S.TO.P.) não é a forma perfeita para determinar a vontade da classe. No entanto, o grau de adesão que esta greve teve logo no primeiro dia, no mínimo, revela que havia e há cada vez mais milhares de docentes com vontade de fazer o que ainda não foi feito por si, pelos seus alunos e pelo país. Como se viu pelas intervenções na televisão, além de muitos pais compreenderem que estamos a lutar também pela qualidade de ensino dos seus filhos, esta greve é de todos os professores, independentemente de pertencerem ao sindicato A ou B ou não serem sindicalizados.

Após tantos anos a perder direitos e a ser profundamente atacados e roubados, é fundamental pôr de lado as diferenças e unirmo-nos por um bem maior! Somos todos professores! Precisamos de dignificar a nossa classe, tão maltratada e esquecida.

Também por isso, o S.TO.P. juntou forças às greves/concentrações que a Fenprof e outros sindicatos têm dinamizado (por exemplo, na greve do SIPE de 4 outubro de 2021 ou a recente greve/concentração a 2 de novembro da Fenprof) e convidámos todos os sindicatos/federações docentes a estar do nosso lado no palanque (com direito a intervenção) na manifestação nacional de professores.

Face à dimensão e o carácter plural desta grande luta/greve que está a crescer a cada dia, o professor Santana Castilho e o dr. Garcia Pereira já garantiram presença nessa manifestação nacional a 17 de Dezembro, em Lisboa, e esperamos que todos os sindicatos/federações docentes também estejam ao nosso lado, todos juntos em defesa da Escola Pública e da valorização da classe docente: Juntos Seremos + Fortes!

O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico

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